16.10.07

UMA DÚZIA

Aqui vai o video de uma das melhores exibições do Benfica da última década:




Benfica-FCPorto, 12-4 (Supertaça 2002)
Retirado de www.memoriagloriosa.blogspot.com

3.7.07

DEFINIÇÕES

Apesar de não participar nas competições europeias, o Benfica vai manter sensivelmente o seu orçamento para a próxima época (valor a rondar os 700 mil euros), apostando forte na conquista do campeonato nacional.
Como técnico manter-se-á Carlos Dantas, e o plantel está definido:
Carlos Silva
Albert Balagué (ex Vigo)
Valter Neves
Mariano Velasquez
Carlos Martins
Ricardo Barreiros
Tó Silva
Vitor Pinto
Rui Ribeiro (ex Oliveirense)
Sai por empréstimo Pedro Afonso para o Candelária.
Pode ver aqui o quadro de transferências de todos os clubes, e aqui o calendário para 2007-2008.

UMA MÁ NOTÍCIA

O Benfica vai, pelo segundo ano consecutivo, ficar à margem das provas europeias.
É uma decisão que não se entende, para mais quando havia rumores de algum arrependimento face a idêntica decisão na época transacta, e numa altura em que a reformulação da Liga dos Campeões e da CERS (para onde o Benfica seria remetido em virtude da sua ausência no ano anterior) promete maior competitividade.
Não se entende como o clube prescinde de uma participação que, com alguma sorte, até lhe poderia valer um título europeu, pois a CERS deste ano deverá estar bastante aberta.
Não quero acreditar que o caminho do hóquei benfiquista seja, a médio prazo, o mesmo do seu Basquete. Mas que estou preocupado, lá isso...

UMA BOA NOTÍCIA

Com o patrocínio da empresa "Wall Street" (o quanto tem feito pela modalidade...), a RTP anunciou a intenção de transmitir 25 a 30 partidas do Campeonato Nacional do próximo ano, para além da Liga dos Campeões e do Europeu.
Esta é sem dúvida a notícia que o hóquei em patins português mais necessitava, de modo a poder iniciar a recuperação desde os escombros em que ainda se encontra.

27.6.07

O SALVADOR ?

Lembram-se deste homem ?
Foi um dos melhores jogadores portugueses da sua geração, conquistando títulos no F.C.Porto e no Benfica, para além de campeonatos da europa e do mundo ao serviço da nossa selecção.
Como técnico voltou a brilhar, fazendo uma carreira marcada pelo sucesso.
Diz-se que poderá ser ele a salvar o nosso hóquei.
Que assim seja.
Pior do que está não vai ser. Venha ele !

25.6.07

GOSTAR DE HÓQUEI (11) - Outros Tempos

Ainda ontem passou na RTP Memória. Sporting campeão europeu de 1977, com uma equipa de sonho, que era também o cinco da selecção nacional.
António Ramalhete, Julio Rendeiro, João Sobrinho, Chana e António Livramento. Um luxo !
No mesmo ano, Portugal foi campeão europeu e o Oeiras ganhou a Taça das Taças. Naquele tempo não perdíamos com ninguém, quanto mais com a França e a Suiça...
Fica aqui a foto da super-equipa do Sporting orientada por Torcato Ferreira.

NÚMEROS FINAIS

CLASSIFICAÇÃO: 1º ESPANHA 2º Suiça 3º Argentina 4º Itália 5º França 6º Portugal 7º Brasil 8º Angola 9º Moçambique 10º Andorra 11º Chile 12º Alemanha 13º Inglaterra 14º Colombia 15º Holanda e 16º Estados Unidos.
Os últimos três classificados descem para o grupo B.

MARCADORES: DIDI 12, Reinado Ventura 11, Panadero e Joy 9, Pedro Gil 8.
Curiosamente, dos cinco primeiros, quatro jogam no campeonato português.
A lista de marcadores apresentada no site oficial da prova não coincide com a soma dos golos jogo a jogo resultante do mesmo. Por esta, Didi marcou mais um golo que Reinaldo Ventura, por aquela menos dois. Naturalmente tem mais lógica a soma jogo a jogo, até porque suspeito que a diferença esteja nos 3 golos marcados por Didi no último dia diante de Angola.

CURIOSIDADE: A Espanha fez um percurso imaculado neste mundial, goleando em todos os jogos, inclusivamente nas meias-finais e final. A média de golos marcados é impressionante: 7 por jogo ! E foi mesmo uma média, não resultado de um ou outro jogos.

PRÓXIMO MUNDIAL: A Espanha defenderá o título em casa (Noia ?). Espera-se que com mais luta da parte dos adversários, sobretudo Portugal.

CRÓNICA DE UM CAMPEÃO ANUNCIADO

Tal como se esperava a Espanha não facilitou e derrotou com clareza a Suiça na final por 8-1, sagrando-se bi-campeã do mundo, e vencendo a sua sétima de oito provas internacionais nos últimos anos (só lhe faltou o Mundial de Oliveira de Azeméis). Terá sido, senão a maior, seguramente uma das maiores goleadas de sempre em finais, fazendo da selecção espanhola uma mais do que indiscutível campe.ã
Os Suíços tinham voltado a surpreender na véspera, ao eliminarem uma Argentina também bastante longe da força de outros campeonatos. Os Espanhóis por seu turno eliminaram nas meias-finais, também com extrema facilidade, uma Itália em processo de renovação por 6-0.
Portugal saiu pela porta dos fundos desta competição, e nem o quinto lugar foi capaz de segurar, vendo-se batido pela França, com toda a justiça diga-se, e pior que isso, sem surpreender.
O balanço da prestação portuguesa já ficou em parte feito, e noutra oportunidade poderá ser complementado. Para já pouco mais resta a acrescentar. Pior era impossível.

22.6.07

HECATOMBE !

Que pior para o hóquei português, que vive uma grave crise, do que uma eliminação nos quartos-de-final do Mundial ?
Num momento em que seria importantíssimo dar um novo impulso à modalidade no nosso país, e para tal, determinante uma boa presença nesta prova, eis que surge mais um duríssimo golpe no nosso já tão fustigado hóquei, que parece cada vez mais seguir alegremente para um enorme e irreversível precipício, perante a apatia de dirigentes incompetentes e sobranceiros.
Ainda custa a creditar. Portugal afastado das meias-finais de um Mundial !
Por muito que esta equipa tivesse dado sinais de fragilidade, nada fazia prever um desfecho destes. Sobretudo quando Reinaldo Ventura fez o 0-2 no jogo de ontem.
Depois desse momento, foi o descalabro técnico, táctico, emocional. Não me lembro de ver Portugal a jogar tão mal.
É bom que se diga que, se este é o pior resultado de Portugal de todos os tempos, ele corresponde inteiramente àquela que foi, quanto a mim, a pior selecção portuguesa de sempre, pelo menos desde que há cerca de 30 anos comecei a ver hóquei em patins.
Lembro-me dos últimos tempos de Livramento, e depois de Cristiano, Chana, Vítor Hugo, Paulo Almeida, Pedro Alves. Quem tem esta equipa a esse nível ? Ninguém ! Nem que se aproxime !
Para além de um dos mais frágeis planteis de sempre - ou mesmo o mais frágil, com alguns jogadores sem categoria internacional -, o treinador também está muito longe do mínimo exigível a um comandante de uma equipa candidata a um título mundial. Num país que tem José Querido, Vítor Hugo, Carlos Dantas e, sobretudo, Franquelim Pais, será que ninguém está disponível para, mesmo em part-time (ao fim e ao cabo as competições internacionais são sazonais) pegar na nossa selecção ?
Devo dizer que nunca acreditei que esta equipa fosse campeã, mas tinha esperança de que chegasse à final, ou na pior das hipóteses, achava que seria a Argentina a eliminar-nos. Isto nunca !
Mas de facto uma equipa que teve enormes dificuldades para bater a França e Moçambique, e depois perde com a Suiça num jogo em que foi completamente dominado, não merece vencer nada.
Que este resultado sirva de reflexão profunda a todos os que gostam de hóquei. A crise não é só desportiva, sendo difícil descortinar quem são o ovo e a galinha desta história.
Há muito que soaram os sinais de alarme. Esperemos não ter de ouvir em breve o toque a finados.

20.6.07

OUTRAS ESTATÍSTICAS

Melhor ataque: PORTUGAL 22 golos
Melhor defesa: ESPANHA e ARGENTINA 2 golos
Melhor goal-average: ESPANHA e ARGENTINA (+18)
Pior ataque: HOLANDA 1 golo
Pior defesa: COLOMBIA 21 golos
Pior goal-average: HOLANDA (-19)
Curiosidade: Não se registou nenhum empate em todos os 24 jogos da primeira fase

MELHORES MARCADORES

Lista de goleadores no final da fase de grupos:

REINALDO VENTURA (Portugal) 8 golos
Jurandir da Silva (Brasil) 7 golos
Juan Luis Tarvasino (Itália) 7 golos
David Farran (Argentina) 6 golos
João Vieira (Angola) 6 golos
Ricardo Oliveira (Portugal) 5 golos
Marc Torra (Espanha) 5 golos
Lionel Savreux (França) 5 golos
James Taylor (Inglaterra) 5 golos

QUARTOS-DE-FINAL

Eis o alinhamento para amanhã (quinta):
15.15 ESPANHA-ANGOLA
17.00 ITÁLIA-FRANÇA
19.00 PORTUGAL-SUIÇA
20.45 ARGENTINA-BRASIL
Nas meias finais de sexta-feira enfrentar-se-ão os vencedores destes dois últimos jogos pelas 17.15 (Portugal-Argentina ?), e os vencedores dos dois primeiros pelas 20.45 (Espanha-Itália ?)

FINALMENTE, GOLOS !

Ao terceiro dia apareceu finalmente a selecção portuguesa que todos esperávamos. Goleada das antigas (11-0), com uma primeira parte de grande qualidade e eficácia, muita entrega e sentimento de dever absolutamente cumprido.
É verdade que os Estados Unidos não ofereceram grande resistência, mas se nos lembrarmos que estes mesmos norte-americanos venceram Moçambique, que tantas dificuldades causou a Portugal, entenderemos de imediato o indesmentível acréscimo exibicional do conjunto orientado por Paulo Baptista nesta terceira jornada.
De certo espicaçada pelas cinzentas actuações anteriores, a selecção nacional entrou de rompante, e ainda não tinha decorrido o primeiro minuto de jogo já se tinha colocado em vantagem por intermédio de Tó Silva. Até ao intervalo Portugal marcou mais sete golos, ficando ainda a dever a si próprio mais uns quantos, sobretudo em lances protagonizados por um infeliz Rui Ribeiro.
Na segunda parte a equipa das quinas, com os seus objectivos mais do que alcançados, limitou-se a gerir o esforço, seguramente a pensar já nos quartos-de-final, que lhe trarão naturalmente outro tipo de problemas.
Em termos individuais o destaque vai para Caio, autor de 4 golos e de uma exibição muito conseguida, se bem que também Valter Neves tenha denotado uma franca melhoria face aos jogos anteriores. Reinaldo Ventura voltou a marcar, isolando-se no comando da lista dos goleadores. Tó Silva ainda não explodiu, mas deu sinais de melhoria. Por outro lado Sérgio Silva, muito desgastado da época italiana, parece estar a passar um pouco ao lado deste Mundial. Também Rui Ribeiro, como já disse, se deixou notar pela extrema infelicidade na concretização.
Nos outros grupos, uma vez mais, tudo decorreu como o previsto. Nenhuma surpresa.
Agora venha então a anfitriã Suiça, com a qual todos os cuidados são poucos. Amanhã (quinta) às 19.00 portuguesas na RTP2

19.6.07

SEGUNDO AVISO

A segunda jornada do Mundial de Montreux trouxe, como era esperado, a segunda vitória da selecção nacional.
O que talvez não estivesse nas previsões de todos seriam as dificuldades que durante um largo período da partida o conjunto de Paulo Baptista enfrentou para suplantar um Moçambique já bem longe dos registos e goleadas de anos anteriores. A equipa africana chegou mesmo a estar a vencer por 2-0, e só perto do final da primeira parte se viu pela primeira vez em desvantagem (depois de um bis de Tó Silva e um golo de Tiago Rafael), voltando ainda a empatar a partida já em pleno segundo tempo.
Não retirando mérito aos comandados de Pedro Pimentel, não se pode deixar de referir que a selecção portuguesa entrou algo displicente no ringue, e só a partir do meio da segunda parte foi verdadeiramente capaz de impor com clareza a sua superioridade. Mais uma vez foi Reinaldo Ventura – desta vez titular, mas a jogar mais recuado do que o normal – a unidade de maior destaque no melhor período de Portugal neste jogo. Marcando 3 golos o portista tomou decididamente de assalto os primeiros lugares da tabela de marcadores.
Ficam portanto os três pontos de uma vitória e o respectivo apuramento para os quartos-de-final, mas fica também um sério aviso à navegação, sendo necessário proceder a alguns ajustamentos com vista a fase decisiva da competição. Aliás, é de salientar que em muitas décadas de competições internacionais, talvez nunca Portugal tenha, na primeira fase, chegado às segundas partes dos dois primeiros jogos sem estar em vantagem.
Nos outros grupos nada de anormal aconteceu. Realce apenas para o apuramento de Angola, praticamente assegurado depois de uma robusta vitória (7-0) sobre uma decepcionante Holanda – é bom lembrar que a selecção do país das tulipas chegou a ser vice-campeã do mundo, em 1991 no Porto.

18.6.07

UM JOGO EM FAMÍLIA

Hoje pelas 20.30 h na RTP 2, temos o segundo jogo de Portugal, desta feita frente a Moçambique.
É um jogo particularmente interessante pare este vosso amigo, que sendo português de nacionalidade, de alma e de coração, nasceu contudo em Moçambique, pelo que naturalmente este país africano não lhe é nada indiferente.
A selecção moçambicana está em crescendo, e poderá dentro de alguns anos chegar ao nível que Angola por vezes já apresenta. Orientado por Pedro Pimentel, o plantel moçambicano conta com jogadores como: Nuno Adrião (guarda-redes suplente do Benfica), José Soares, Paulo Pereira ou Bruno Adrião .
No primeiro jogo Moçambique perdeu com os Estados Unidos por 3-5 e comprometeu dessa forma as poucas hipóteses que tinha de seguir em frente.

PORTUGAL TRANQUILO NUMA JORNADA SEM SURPRESAS

A primeira jornada do Mundial de Montreux decorreu sem surpresas. Portugal, Espanha, Argentina e Itália venceram os seus jogos com maior ou menor dificuldade, na exacta medida da qualidade dos respectivos opositores.
Tal como há quatro anos em Oliveira de Azeméis, Portugal começou a perder frente à selecção francesa, mas apesar de passar o intervalo em desvantagem, desta vez não deixou as coisas irem tão longe - recorde-se que em 2003 Portugal perdia por 0-3 a 7 minutos do fim. No início da segunda parte, beneficiando também de algum aparente desgaste dos adversários, a selecção nacional partiu para uma vitória sólida e tranquila por 4-1, de onde a nota de maior realçe vai para a extraordinária exibição do portista Reinaldo Ventura, preterido do cinco inicial, autor de 3 fantásticos golos (um deles numa violentíssima stickada desferida ainda dentro da meia pista portuguesa), e verdadeiro motor da reviravolta lusa.
Portugal joga hoje frente a Moçambique a segunda jornada do seu grupo, onde para já, mesmo sem ter ainda jogado a segunda jornada, comanda com os mesmos pontos de Estados Unidos e França.
Nos outros grupos, a Espanha leva já duas goleadas, uma frente ao Brasil no jogo de abertura por 7-1, e outra esta tarde frente à Colombia por 9-1, demonstrando assim de forma cabal, e desde já, toda a sua força.
A Argentina, depois de uma vitória natural sobre Angola por 5-2, esmagou esta manhã a Holanda por esclarecedores 9-0, jogo em que Farran, anotando mais 3 golos, asssumiu a liderança da lista dos marcadores com 5 remates certeiros, à frente de um grupo de 4 jogadores com 4 golos cada (os espanhóis Ordeig e Torra, o norte-americano Englund e o brasileiro Da Silva).
Dos jogos dos candidatos, o único que levantava algumas dúvidas era o Suiça-Itália, pois se os helvéticos jogavam em casa e apresentavam uma equipa em crescendo, os transalpinos chegam a este Mundial com uma equipa muito renovada e ainda muito longe do potencial que lhes permitiu alcançar 4 títulos mundiais. Todavia, a Itália fez valer os seus galões e triunfou por 3-1, ficando assim a Suiça na rota de Portugal para os quartos-de-final, caso tudo decorra dentro da normalidade no que resta de primeira fase.
Assim, em face dos resultados até agora verificados, e se não houver supresas esta noite e/ou amanhã, o quadro dos quartos-de-final poderá ter as seguintes partidas:
Portugal-Suiça, Argentina-Brasil, Espanha-Angola e Itália-França, E as meias-finais...Portugal-Argentina e Espanha-Itália. A partir daqui será difícil fazer prognósticos, mas obviamente que uma final Portugal-Espanha faria as delícias dos amantes da modalidade.

14.6.07

CURIOSIDADES

Você sabia que...
...nos últimos 25 anos Portugal, Espanha, Argentina e Itália repartiram os títulos irmãmente entre eles: 3 para cada ?
...nos últimos 45 anos só por uma vez Portugal conseguiu alcançar o título fora do país (em 1993, na célebre grande penalidade de Filipe Santos)?
...em todas as edições da prova, além dos cinco países campeões, somente Holanda, Bélgica e Suiça se imiscuiram no podium, e apenas por uma vez cada ?
...o record de vitórias consecutivas pertence a Portugal com dois tetras ?

PALMARÉS

A dois dias de se iniciar mais um Campeonato do Mundo, interessa recordar o palmarés da competição:
PORTUGAL 15 Títulos
Espanha 12 "
Argentina 4 "
Itália 4 "
Inglaterra 2 "

CALENDÁRIO DO MUNDIAL

SÁBADO,16
20:00 Espanha-Brasil
DOMINGO,17
10:30 Chile-Holanda
12:00 Estados Unidos-Moçambique
13:30 Alemanha-Colombia
16:00 Andorra-Inglaterra
17:30 Portugal-França
19:00 Suiça-Itália
20:30 Argentina-Angola
SEGUNDA,18
09:00 França-Estados Unidos
10:30 Brasil-Alemanha
12:00 Angola-Chile
13:30 Argentina-Holanda
16:00 Espanha-Colombia
17:30 Itália-Inglaterra
19:00 Suiça-Andorra
20:30 Portugal-Moçambique
TERÇA,19
09:00 Brasil-Colombia
10:30 Angola-Holanda
12:00 Itália-Andorra
13:30 França-Moçambique
16:00 Argentina-Chile
17:30 Espanha-Alemanha
19:00 Suiça-Inglaterra
20:30 Portugal-Estados Unidos
QUARTA,20
Dia de Descanço
QUINTA,21
15:15 Quartos-de-Final
17:00 Quartos-de-Final
19:00 Quartos-de-Final
20:45 Quartos-de-Final
SEXTA,22
19:00 Meias-Finais
20:45 Meias-Finais
SÁBADO,23
21:00 Final

NOTA: Hora Portuguesa

13.6.07

AÍ ESTÁ O MUNDIAL !

Inicia-se este fim-de-semana em Montreux mais um Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins.
As expectativas para Portugal são as mesmas de sempre: vencer. Ainda que nas últimas competições internacionais a selecção lusa não tenha logrado alcançar nenhum troféu.Ao contrário do que vem sendo habitual, não haverão quatro mas sim três candidatos. Efectivamente a Itália, com uma equipa muito jovem, não parece à altura de discutir o título com os outros três crónicos favoritos (Portugal, Espanha e Argentina).
A campeã da Europa e do Mundo Espanha é obviamente a grande favorita. Tem uma equipa no auge da maturidade e será muito difícil a portugueses e argentinos retirar-lhe o título.
O primeiro jogo de Portugal será no domingo pelas 17.30 h frente à França, e será transmitido pela RTP. Depois Portugal jogará com Moçambique na segunda-feira e com os Estados Unidos na terça, sempre às 20.30 h e com trasmissão na RTP. Na quinta-feira jogar-se-ão os quartos-de-final, na sexta as meias-finais, e no sábado será disputada a grande final, onde todos desejamos Portugal possa estar presente.
Na lista de convocados de Paulo Baptista, a grande surpresa é a ausência de Ricardo Barreiros, que parece estar a atravessar um período muito complicado da sua carreira, ao qual se espera que responda com firmeza e vontade de vencer, sob pena de o hóquei internacional perder um jogador com um talento fora do comum.
Vejamos então os plantéis das quatro principais selecções em prova:

PORTUGAL










GUARDA-REDES:Carlos Silva (Benfica) e Ricardo Silva (Juventude de Viana)
DEFESAS E MÉDIOS: Valter Neves (Benfica), Sérgio Silva (Follónica), Tiago Rafael (Barcelos) e Ricardo Figueira (F.C.Porto)
AVANÇADOS: Reinaldo Ventura (F.C.Porto), Tó Silva (Benfica), Rui Ribeiro (Oliveirense) e Ricardo Oliveira (Barcelos)

ESPANHA










GUARDA-REDES: Guillem Trabal (Réus) e Sergi Fernandez (Vic)
DEFESAS E MÉDIOS: Luís Teixidó (Réus), Mia Ordeig (Barcelona), Sergi Panadero (Barcelona) e Josep Selva (Nóia)
AVANÇADOS: Pedro Gil (F.C.Porto), Marc Gual (Réus), Titi Roca (Vic) e Marc Torra (Vic)

ARGENTINA










GUARDA-REDES: Juan Oviedo (Trissino) e Andrés Garramuño (Estudantil)
DEFESAS E MÉDIOS: Mariano Velasquez (Benfica), Reinaldo Garcia (F.C.Porto), David Farran (Estudantil) e Carlos Nicolia (Valdagno)
AVANÇADOS: Carlos Lopez (Barcelona), Emanuel Garcia (F.C.Porto), Pablo Alvarez (Liceo) e José Garcia (Valenciano)

ITÁLIA









GUARDA-REDES: Leo Barozzi (Viareggio) e Andrea Dal Zotto (Prato)
DEFESAS E MÉDIOS: Marco Motaran (Lodi), David Motaran (Novara), Nicola Palaggi (Viareggio) e Alberto Peripolli (Breganze)
AVANÇADOS: Leo Squeo (Viareggio), Juan Luis Travasino (Viareggio), Giovanni Zen (Bassano) e Mattia Cocco (Valdagno)

28.5.07

GLÓRIA AO CAMBRA, NUMA FINAL FOUR DE LOUCOS

Foi salpicada de escândalo a final four da Taça de Portugal realizada em S.João da Madeira. Quando se esperava que a mesma fosse um passeio para o hexa-campeão nacional F.C.Porto, eis que os azuis e brancos, em fim de ciclo e a pedir descanso, foram surpreendentemente eliminados pelo modesto H.C.Braga da II divisão, num jogo em que a poucos minutos do fim venciam por 5-2, perdendo no golo de ouro por 5-6. Não há memória nos tempos mais recentes de algo assim no hóquei português.
Os bracarenses - com um jogador chamado Fellini na equipa, o que talvez explique alguma coisa... - que já haviam eliminado a Oliveirense, estiveram depois à beira de conquistar o troféu, ao imporem um desempate por grandes penalidades ao Académico de Cambra, que todavia aí, levou a melhor, vencendo assim a sua primeira competição ao mais alto nível.
Agora vem aí o mundial.

14.5.07

BENFICA AFASTADO

A equipa do Benfica terminou ingloriamente a sua temporada, perdendo após prolongamento em Oliveira de Azeméis por 2-1, e vendo-se assim afastada da final-four da Taça de Portugal, única competição com que poderia salvar a sua época.
O Benfica até esteve em vantagem com um golo de Valter Neves, mas Didi restabeleceu o empate ainda na primeira parte, resultado que durou até final dos 50 minutos.
No prolongamento, novamente o brasileiro, com um remate de 30 metros, acabou com o jogo, com a eliminatória e com a época dos comandados de Carlos Dantas, de quem se esperava bem mais.
A falta de sorte não explica tudo, e a verdade é que os encarnados deixaram nos momentos decisivos uma pálida imagem do valor de um plantel recheado de internacionais.
O F.C.Porto tem assim, com Benfica e Óquei de Barcelos de fora, o caminho aberto para fazer mais uma dobradinha. Terá para isso que ultrapassar a Juventude de Viana em casa, e depois provavelmente a Oliveirense na meia final. Se isso acontecer, dificilmente perderá a Taça.

9.5.07

TAÇA DE PORTUGAL

Jogam-se este fim de semana os oitavos de final da Taça de Portugal.
Ao Benfica saiu a fava, deslocando-se a Oliveira de Azeméis para defrontar a Oliveirense.
O F.C.Porto, que derrotou o Barcelos na eliminatória anterior, tem tarefa mais facilitada com a recepção ao Física.
Confira o sorteio na totalidade.

30.4.07

HEXAPORTO !

Aconteceu aquilo que se esperava. Mais golo menos golo, o F.C.Porto conquistou, com inteira justiça, o seu sexto título consecutivo na modalidade.
Conforme havíamos previsto, aquele primeiro jogo deixou sequelas irreversíveis no desfecho de uma final que já se aguardava difícil para o Benfica. A derrota na Luz foi o golpe de misericórdia, e esta goleada apenas selou as contas. Nem os próprios jogadores encarnados pareciam já acreditar nos favores do destino, entrando em campo como pouco mais do que “bonecos cabeçudos” da festa portista.
O jogo tem pouca história, e a final também acaba por não ter muito mais.
Ficam os parabéns ao F.C.Porto, e já agora também aos seus adeptos e à forma como sabem criar uma atmosfera muito forte em torno da sua equipa, apoiando freneticamente a equipa, ao contrário dos benfiquistas que nem foram capazes de encher o pavilhão Açoreana numa tarde de feriado.
Sou como sabem benfiquista e custa-me admitir isto, mas as verdades são para ser ditas, sobretudo quando são desconfortáveis de ouvir.

27.4.07

PORTO RUMO AO HEXA

Ao vencer na Luz por 2-3, o F.C.Porto deu um passo importantíssimo para a conquista do seu sexto título nacional consecutivo.
De facto, não é crível que os encarnados consigam vencer três jogos seguidos aos dragões, dois dos quais fora, quando em cinco partidas disputadas esta temporada em nenhuma delas lograram alcançar qualquer vitória.
Na partida da Luz ficou claro que a este Benfica ainda falta qualquer coisa para disputar a ampla hegemonia portista dos últimos anos. Quem sabe na próxima temporada, perante um Porto que se antevê desfalcado de algumas das mais preponderantes peças da sua trituradora máquina, a equipa de Carlos Dantas possa enfim dar uma alegria aos seus adeptos, que desde 1998 não festejam um título nacional de hóquei em patins.
Depois de uma primeira parte equilibrada e empatada (golos de Ventura e Vítor Hugo), e de um golo benfiquista a abrir a segunda marcado por Ricardo Barreiros, o Benfica pareceu sentir a vertigem da responsabilidade, entregando-se de forma inapelável à maior frieza e experiência dos azuis e brancos. Um golo estranho que não se percebeu bem de quem foi, e um outro de Pedro Gil em contra-ataque quando os encarnados procuravam avidamente retomar o caminho da vitória, selaram o resultado final, por entre algumas oportunidades desperdiçadas de parte a parte.O F.C.Porto caminha assim para o desejado hexa, que poderá confirmar já amanhã em Fânzeres. Veremos como reage o Benfica a mais este golpe, depois de manifestamente não se ter conseguido alhear da infelicidade com que se deparou na primeira partida que, da forma como se desenvolveu e finalizou, parece ter marcado, talvez definitivamente, esta final do play-off.

22.4.07

ALTA TENSÃO

F.C.Porto e Benfica proporcionaram ao país um encontro de grande emotividade, com lances de grande qualidade, e incerteza até ao fim.
O resultado de 1-1 já se está a tornar uma rotina nos jogos entre os dois clubes, pois foi a quarta vez esta temporada que tal aconteceu, em outros tantos jogos. Desta vez, havia que resolver a contenda, e o F.C.Porto levou a melhor no desempate por grandes penalidades.
O Benfica foi infeliz, pois terá sido, no conjunto dos 60 minutos de jogo, a equipa que mais perto esteve da vitória. Há alguns anos que não me recordo de ver um Benfica tão forte e personalizado no Pavilhão de Fânzeres, onde o ambiente é, para si, tão infernal e intimidatório – a propósito, não se compreende o parco contingente policial que normalmente segura este pavilhão nos jogos com o Benfica, quando na Luz acontece justamente o contrário.
A equipa de Franklim Pais sente claramente a falta do melhor Pedro Gil, que esta época ainda não chegou a aparecer. Sem a velocidade e potência do internacional espanhol, o F.C.Porto perde bastante agressividade ofensiva, acabando por cair nalguma falta de imaginação para tornear defesas sólidas como a do Benfica – já na Liga dos Campeões se tinha verificado algo semelhante.
O Benfica apareceu muito bem, extremamente tranquilo, com Tó Silva em excelente plano – só lhe falou marcar aquele golo que tudo decidiria... – e uma boa rotatividade assegurada pelas entradas de Barreiros, Pedro Afonso e sobretudo Carlitos, que acabaria por marcar o golo encarnado e converter também o seu penálti no desempate.
Quando os dragões inauguraram o marcador era o Benfica que tinha claramente o sinal mais do jogo. Curiosamente, foi num dos melhores momentos dos portistas que o Benfica acabaria por restabelecer a igualdade já na segunda parte.
Os instantes finais, e todo o prolongamento, foram de grande emoção e alto nível hoquistico. Ao contrário do que seria de esperar, as equipas não se remeteram à defesa e procuraram resolver o jogo. Não houve mais golos, mas oportunidades não escassearam para ambos os lados.
Pensou-se que a ausência de Edo Bosch podia ser determinante no desempate por grandes penalidades. Contudo, o facto de a moeda ao ar ter permitido aos portistas levarem a decisão quase para o baixo dos Super Dragões, conjuntamente com a perseguição que os árbitros fizeram a Carlos Silva, desconcentrando-o claramente, acabaram por ser situações de maior peso no desfecho final, com Reinaldo Ventura e Filipe Santos a converterem duas stickadas, contra apenas uma de Carlitos.
A exibição benfiquista faz acreditar que nada esteja perdido, mas numa prova deste género é importantíssimo começar a vencer. E o Benfica há muito que não estava tão perto disso em Fânzeres, acabando por “morrer na praia” o que deixará eventualmente algumas marcas na equipa sob o ponto de vista anímico. Veremos como reage na quarta-feira, onde tem oportunidade de fazer voltar tudo à estaca zero.Nota final para os comentários de Vítor Bruno, ex jogador portista, que quanto a mim são um lamentável exemplo de parcialidade. Será talvez o caso mais flagrante da televisão portuguesa, em todas as modalidades, de alguém que não sabe mesmo despir a camisola, e como tal não se compreende como possa continuar a colaborar com as transmissões. Ter sido um grande jogador – e foi-o – não me parece ser motivo suficiente para comentar os jogos como se de um mero observador se tratasse.

19.4.07

AÍ ESTÁ A GRANDE FINAL !



Sábado 21 Fânzeres ; Quarta 25 Luz ; Sábado 28 Fânzeres ; Terça 1 Luz (se necessário) ; Sábado 5 Fânzeres (se necessário)
Sempre na RTP.
As duas melhores equipas portuguesas, e duas das melhores equipas mundiais, disputam uma final aguardada com grande expectativa. Conquistará o F.C.Porto o seu 6º título consecutivo ?Conseguirá o Benfica finalmente destronar os portistas ? Em breve saberemos.
O F.C.Porto é favorito, não só por ser campeão, mas por poder fazer valer o factor casa a seu favor, em particular sabendo-se tudo o que frequentemente acontece nos jogos em Fânzeres.
O Benfica pode surpreender, e aproveitar a menor forma de alguns jogadores nucleares do F.C.Porto para se superiorizar. Para isso terá que vencer pelo menos um jogo fora, o que não é fácil.
Esperam-se grandes espectáculos, e acima de tudo que sejam correctos dentro e fora da pista, e assim façam com que esta seja uma boa oportunidade, com a televisão presente, de relançar a modalidade no nosso país.

10.4.07

MONTREUX PARTE 1

Repetiu-se uma vez mais a história dos últimos anos. Portugal perdeu com a Espanha, conquistando esta mais um título, neste caso a Taça das Nações de Montreux, o mais antigo torneio de hóquei em patins de todo o mundo, este ano com a particularidade de anteceder o Mundial a disputar em Junho no mesmo local.
A equipa nacional apresentou uma equipa incompreensivelmente desfalcada dos jogadores do F.C.Porto, quando a Final Four da Liga dos Campeões se havia disputado vários dias antes, e se tinha limitado, para os portistas, a apenas um jogo. Aliás, Pedro Gil, o mais importante jogador do F.C.Porto alinhou naturalmente pela sua selecção.
Para além desta inexplicável atitude, Paulo Baptista decidiu também deixar em Lisboa Ricardo Barreiros, acabando por desaproveitar um torneio que deveria ser de afinação para o Mundial de um cinco e uma equipa já constituídas. Não é líquido que Portugal com Reinaldo Ventura, Jorge Silva, Barreiros ou (porque não) o “italiano” Ricardo Pereira, vencesse o torneio. Mas não sobram dúvidas que alinhando e rodando a equipa que disputará o Mundial, a selecção nacional entraria na competição de Junho em melhores condições.
Tem sido norma na equipa portuguesa as constantes alterações de convocatória para convocatória, ao sabor de critérios técnicos nem sempre compreensíveis. A última ocasião em que Portugal participou numa competição com os seus melhores jogadores foi em Oliveira de Azeméis em 2003 e o resultado foi a conquista do título mundial. Aparte essa prova, o critério seguido tem sido invariavelmente o da inovação aventureirista, desprezando jogadores experientes, e rotinas de grupo que favoreceriam seguramente melhores resultados.
O resultado repetiu-se. A Espanha venceu e Portugal deixou nota de uma fragilidade enorme face ao país vizinho, ao qual não ganhamos vai para uma década (em 2003 não defrontámos os espanhóis).
Veremos o que acontece em Junho, que alterações surgirão até lá, se jogadores como Ricardo Oliveira, Tiago Resende ou Rui Ribeiro repetirão a convocatória, que portistas serão chamados. A avaliar por este Montreux, o próximo não anuncia nada de bom, isto querendo considerar que para um país com as tradições de Portugal apenas o título interessa.
Nota para a utilização de bolas amarelas que respondem aquilo que aqui tenho defendido, e que passa pela imperiosa necessidade que o hóquei tem de conquistar espaço televisivo. Só é pena que o piso se apresentasse carregado de publicidade, inviabilizando assim que as novas bolas pudessem fazer valer os seus méritos. Talvez para o Mundial, sem publicidade no piso e exclusivamente com as marcações do hóquei, como se impõe numa competição de topo, tenhamos belas transmissões televisivas, capazes de aglutinar o público que tão arredio tem andado de uma modalidade que nada tem feito para o reconquistar.

2.4.07

OS SUSPEITOS DO COSTUME

O Barcelona conquistou o seu 17º título europeu, ao bater na final o anfitrião Bassano por 5-2.
No sábado os catalães haviam derrotado o F.C.Porto por 3-2 após prolongamento, e após os dragões terem estado duas vezes em vantagem.
Podem os portugueses queixar-se da sorte, mas foi quase sempre assim, sem grande exuberância exibicional, que o Barcelona conseguiu alancar os seus títulos. Todavia há que também dizer que por exemplo Pedro Gil esteve muitíssimo longe do seu melhor.
Os portistas falham assim uma vez mais um dos seus grandes objectivos.

31.3.07

SERÁ DESTA?

O penta-campeão nacional F.C.Porto vai este fim de semana tentar uma vez mais em Bassano (a cerca de 60 kms de Veneza) vencer um título que lhe foge há já alguns anos.
Campeões europeus em 1986 e 1990, os Dragões não mais voltaram a levantar o troféu apesar de terem desde então estado presentes em 6 (!!!!) finais. Para alcançar o objectivo a que se propõem, os comandados de Franklim Pais terão de ultrapassar já esta tarde o fortíssimo Barcelona nas meias-finais.
A equipa catalã, com o impressionante curriculo de 16 títulos europeus, lidera destacadamente a liga espanhola e é talvez o principal candidato à vitória nesta final-four. Orientada pelo antigo internacional Pauls, o Barça conta com um plantel riquíssimo onde avultam nomes como os irmãos Paez, o também argentino Carlos Lopez, além dos internacionais espanhóis Egurrola, Panadero, Masoliver, Borregan e Ordeig. Para esta partida pode-se dizer que o favoritismo está do lado do Barcelona, embora o F.C.Porto também tenha as suas armas.
O jogo disputa-se às 18.15 e tem transmissão directa da RTP2.
A outra meia-final põe frente a frente a equipa da casa, os campeões mundiais do Bassano de Luís Viana e Ricardo Pereira, e o Vic de Espanha, carrasco do Óquei de Barcelos na fase de grupos. A grande final disputa-se no domingo, e caso o F.C.Porto esteja presente também terá transmissão em directo na RTP2.
Recordemos que para além do F.C.Porto, também Barcelos e Sporting já lograram alcançar este título. O Benfica, mau grado a presença em 5 finais, nunca conseguiu sagrar-se campeão europeu.

28.3.07

A FINAL MAIS DESEJADA

Benfica e F.C.Porto vão disputar a final do play-off do nacional de hóquei em patins.
Enquanto os dragões derrotavam a Oliveirense por 6-5 (depois de terem estado a vencer por 6-2), os encarnados viram-se e desejaram-se para levar à melhor diante do Óquei de Barcelos por um também tangencial 4-3.
A equipa da Luz entrou de rompante neste 3º e decisivo jogo, marcando dois golos logo nos primeiros instantes, ambos por intermédio de Tó Silva. Quando se pensava que o Benfica iria partir para uma vitória tranquila, em pouco mais de dois minutos o Óquei virou de pantanas o resultado do jogo e da eliminatória, marcando 3 golos por Caio e Tiago Rafael (duas vezes, uma das quais com algumas culpas para Carlos Silva), lançando o pânico entre os benfiquistas, atónitos por tão avassaladora reacção. Até final da primeira parte, um Óquei mais prudente e um Benfica algo assustado, não marcaram mais qualquer golo.
No segundo tempo o Benfica voltou novamente com disposição de resolver o problema que tinha por diante, e acabou por marcar os dois golos de que necessitava, empatando por Carlitos e fazendo o decisivo 4-3 por Ricardo Barreiros quando ainda faltavam cerca de 15 minutos para jogar.
O Pavilhão Açoreana tremeu quando já próximo do final da partida o árbitro assinalou um penálti contra o Benfica e expulsou Mariano Velasquez afastando-o assim do primeiro jogo da final. Todavia Caio desperdiçou a soberana ocasião, e até final o Benfica conseguiu segurar a preciosa vantagem, apurando-se assim para a grande decisão frente ao penta-campeão F.C.Porto, num embate que promete grandes emoções. O primeiro jogo da final só será disputado dentro de algumas semanas, pois de permeio temos a final four da Liga dos Campeões e o Torneio de Montreux, este ano com particular interesse visto funcionar como uma espécie de antecâmara do Mundial a disputar em Junho na mesma cidade suiça.

26.3.07

DECISÕES ADIADAS

Com uma exibição pouco mais que miserável, o Benfica foi goleado em Barcelos, perdendo assim a oportunidade de se qualificar desde logo para a final do play-off.
Os encarnados apresentaram-se sem chama, sem agressividade, e desde cedo se percebeu que os da casa iriam transferir a decisão para o terceiro jogo.
O resultado acabou em 4-1, mas os números podiam inclusivamente ter sido mais dilatados, tal a apatia que se apoderou dos homens de Carlos Dantas.
Destaque para as exibições de Cacau e Caio nos minhotos, que aliás dividiram os 4 golos da equipa. No Benfica salvou-se apenas Carlos Silva.
Na quarta-feira tudo ficará decidido na Luz.
Também adiada ficou a decisão da outra meia final em que surpreendentemente a Oliveirense derrotou o penta-campeão F.C.Porto por 4-3 após prolongamento. Foi um jogo polémico e com muitos nervos à mistura, com o golo do triunfo da equipa da casa a ser apontado pelo veterano Vitor Fortunato a poucos segundos do fim do prolongamento.
Também na quarta feira, em Fânzeres, o F.C.Porto irá receber a equipa de Oliveira de Azeméis, sendo naturalmente o grande favorito da eliminatória.

19.3.07

TV REGRESSA AOS RINGUES

A RTP está de regresso ao hóquei, estando anunciadas várias transmissões directas para as próximas semanas.
Depois de ter transmitido a final da taça CERS, bem como a segunda parte do Benfica-Barcelos para o play-off, a estação pública vai também levar até nossas casas a Final Four da Liga dos Campeões (dias 31 e 1), o Torneio de Montreux (dias 6 a 9 de Abril), todos os jogos da final do Play-Off (a partir de dia 21 de Abril), a Final Four da Taça de Portugal e por fim o Mundial da Suiça em Junho. Nada mau.
Esperemos apenas que os jogos sejam transmitidos na íntegra...

CANDELÁRIA DIZ ADEUS AO SONHO EUROPEU

A equipa açoreana do Candelária perdeu ontem na segunda mão da final da Taça CERS na Catalunha por 4-2 frente ao Villanova, despedindo-se assim da hipótese de conquistar o seu primeiro troféu europeu.
Os açoreanois discutiram a jogo até muito perto do final, altura em que os espanhóis fizeram o 3-1 que praticamente arrumou a questão. Nos últimos segundos de jogo aconteceu mais um golo para cada lado, mas o destino desta final estava já traçado.

De qualquer forma o Candelária está de parabéns por ter chegado tão longe nesta prova, e se ter batido com tanta galhardia frente a uma equipa bastante mais experiente.

18.3.07

BENFICA E PORTO GANHAM TERRENO

O Benfica ganhou hoje vantagem sobre o Óquei de Barcelos, ao bater os minhotos por 3-2 no primeiro jogo das meias-finais disputado na Luz.
A equipa de Barcelos marcou praticamente no seu primeiro lance de perigo, numa fase do jogo em que o Benfica pressionava fortemente. Mas ainda na primeira parte os encarnados deram a volta à situação com golos de Valter Neves e Ricardo Barreiros.
Na segunda parte novamente Barreiros (que aparece em muito boa forma nestes play-offs) dilatou a vantagem benfiquista, e a partir daí os lisboetas apostaram num jogo de contenção e circulação de bola que foi deixando o tempo correr perante a passividade dos barcelenses.
Foi já na ponta final da partida que o Óquei reduziu a diferença, criando grande expectativa para os últimos minutos. Apesar dos momentos de forte emotividade com que terminou o jogo, o resultado não se alterou.
Pelo que fez ao longo do jogo, e também pelo que o seu adversário – muito ressentido da ausência de Caio – não fez, a vitória do Benfica afigura-se um resultado justíssimo.
No próximo sábado em Barcelos, o Benfica tem hipótese de garantir desde logo, com uma vitória, a presença na final.

No outro jogo o F.C.Porto venceu a Oliveirense em Fanzeres, por 6-5 após prolongamento.
Entretanto amanhã o Candelária disputa em Villanova a segunda mão da final da Taça CERS (1-1 nos Açores), com transmissão televisiva a partir das 16.00 na “Dois”

14.3.07

COM HORAS EXTRAORDINÁRIAS

O Benfica juntou-se ontem a F.C.Porto e Oliveirense (com duas vitórias cada) nos apurados para as meias finais do campeonato nacional da 1ª divisão, ao bater nos Açores o Candelária através do desempate por grandes penalidades, depois de se registar uma igualdade 2-2 no fim do prolongamento - recorde-se que os encarnados haviam vencido na Luz por 4-2.
Foi uma noite longa, seguida (boa sugestão Roller Barcelos !) através da açoreana Rádio Pico até quase à meia noite, altura em que depois de variadíssimas grandes penalidades defendidas por Paulo Matos e Carlos Silva (na primeira série foram convertidas uma para cada lado), Ricardo Barreiros logrou a stickada que valeu o apuramento e evitou um terceiro jogo.
Durante os 50 minutos do tempo regulamentar o Candelária colocou-se em vantagem ainda na primeira parte para logo em seguida Barreiros restabelecer a igualdade.
O mesmo jogador (figura do encontro) colocou o Benfica em vantagem no início do segundo tempo através de uma grande penalidade, mas a meio da segunda parte o Candelária voltou a empatar. A equipa açoreana falharia duas grandes penalidades ainda durante o jogo, deixando a decisão para o desempate, no qual o Benfica foi mais feliz.
Hoje jogam Óquei de Barcelos e Portosantense, e o vencedor será o adversário dos encarnados nas meias finais que, ao que se diz, serão televisionadas, tal como a final.

5.3.07

SEM SURPRESAS

Decorreu este fim-de-semana a primeira ronda dos play-offs do nacional de Hóquei em Patins.
Os favoritos venceram todos em casa, e apenas a Oliveirense teve alguma dificuldade em se desembaraçar do Juventude de Viana, logrando o triunfo apenas no prolongamento.
Na Luz o Benfica chegou facilmente a 3-0 diante do Candelária, que não mostrou daí em diante argumentos para por em cuasa a superioridade benfiquista.
O resultado final de 4-2 foi composto nos últimos minutos da partida, depois de Tomba, ainda na primeira parte ter reduzido para 3-1.
Dia 10 joga-se a segunda mão nos Açores.
Nota positiva para o regresso da modalidade às instalações do Benfica. Nota muito negativa para a hora do jogo - em cima do futebol - e para a inexistência de qualquer transmissão televisiva ou radiofónica nestes quartos-de-final.
A propósito de rádio, e da cobertura que a Antena 1 está a dar ao Basquetebol (e faz muito bem em dar), bem gostaria de saber qual o porquê de o Hóquei ter desaparecido das rádios nacionais.

21.2.07

AGORA VAI SER A SÉRIO

Depois de uma fase regular profundamente enfadonha, o campeonato nacional vai finalmente entrar na fase de todas as decisões.
Neste terça-feira de Carnaval ficaram então definidos os confrontos dos quartos-de-final do Playoff.
São os seguintes:

F.C.PORTO-AC.CAMBRA
BENFICA-CANDELÁRIA
O.BARCELOS-PORTOSANTENSE
OLIVEIRENSE-JUVENTUDE DE VIANA

Se a lógica imperar teremos uma meia-final entre Benfica e Barcelos, e outra entre Porto e Oliveirense.
É também altura de chamar a televisão ao hóquei. Veremos se alguém faz por isso.

13.2.07

A LEI DA EXPERIÊNCIA, E (MAIS) UMA PÉSSIMA NOTÍCIA

Perdendo em casa por 2-3 frente ao VIC, o óquei de Barcelos ficou matematicamente afastado da hipótese de disputar a Final Four da Liga dos Campeões. Tratava-se de um jogo decisivo, no qual a experiência dos catalães falou mais alto. O OB chegou a estar a perder por 0-3, recuperando nos minutos finais, mas de forma insuficiente para evitar a derrota.
Por seu turno o F.C.Porto, vencendo o Follónica, garantiu mais uma presença na fase decisiva da prova, juntando-se assim ao Bassano, Vic e Barcelona.
A final four disputa-se em Bassano, sendo naturalmente os da casa, campeões do mundo (onde actuam os portugueses Ricardo Pereira e Luis Viana), os principais favoritos ao título.

No plano nacional nada há de novo a não ser a má notícia de o Benfica passar a disputar os seus jogos novamente em casa emprestada por alegados problemas com a pista da Luz. Esta decisão parece-me mais um tiro errado dos dirigentes do hóquei encarnado, pois a equipa apenas perdeu um jogo realizado em casa até ao momento, o que deixa dúvidas sobre até que ponto a pista estaria mesmo a prejudicar a equipa - veremos como serão os resultados daqui em diante. Esta decisão é uma bofetada para os adeptos do clube e para o VEDETA DO HÓQUEI vai ser mais um rude golpe, pois inviabiliza a possibilidade de assistir a alguns jogos. Esperemos que para o play-off seja encontrada uma solução que devolva o hóquei do Benfica à casa dos benfiquistas.

28.1.07

ÓQUEI DE LUXO !

O Óquei de Barcelos deu um significativo passo rumo ao apuramento para a final four da Liga dos Campeões ao bater o Prato em Itália por 1-5. A equipa barcelense tem agora pela frente um decisivo jogo em casa frente ao Vic, no qual deverá ficar decidida a qualificação tendo em conta que Barcelona já está praticamente apurado e Prato, com esta derrota caseira, fica fora das contas.
Também em Itália o F.C.Porto arrancou um precioso empate (3-3) frente aos campeões do mundo do Bassano, colocando-se em excelente posição para conseguir a passagem. Réus e Bassano deverão disputar a outra vaga.

26.1.07

GOSTAR DE HÓQUEI (10) - Negros Anos 1982-1989

Recordei aqui há dias a final da Taça das Taças de 1983 entre Benfica e Porto que os nortenhos venceram depois de um jogo dramático no velhinho Pavilhão da Luz.
Esse jogo representou de algum modo o fim de um ciclo no Benfica, que permitiu em cinco anos a conquista de um tri-campeonato, de três Taças de Portugal, e a presença em três finais europeias. Na época seguinte o Benfica, após voltar a repetir a presença na final da Taça das Taças (desta vez frente ao Réus) faria um pronunciado desinvestimento na sua equipa e iniciaria assim uma travessia de deserto que iria durar até à década de noventa, na qual voltariam as glórias.
De facto em 1984 saíram do clube de uma assentada Fernando Pereira, José Carlos, Picas e Piruças, todos para o Dramático de Cascais, que pela mão de um abastado empresário (não me recordo se Jorge Figueiredo) tencionava construir uma grande equipa, o que, mau grado as sonantes aquisições, não lhe viria a valer nenhum título. Além destes também Cristiano e Leste haviam saído para Itália, e a grande equipa da passagem da década ficava assim totalmente desmantelada.
Para os anos seguintes, enquanto o F.C.Porto tomava a hegemonia do hóquei nacional - com Vítor Hugo, Vítor Bruno, Alves, Domingos , Vale e mais tarde Realista, Franquelim, Diego Allende e Tó Neves – o clube da Águia afastava-se para bem longe da discussão dos principais títulos com uma equipa muito jovem e sem grandes ambições. Paulo Baptista, Garção, Campão, Garrido, Fernandes entre outros eram os elementos que faziam a guarda de honra aos veteranos Fana e Vítor Rosado – mais tarde Leste também regressaria – neste período de autênticas vacas magras para os lados da Luz.
Anos mais tarde, jogadores como Carlos Silva, Luís Nunes, Trindade, Rocha, Luís Ferreira, Rui Lopes, Paulo Almeida, Vítor Fortunato ou até Tó Neves coloririam os anos de 1992 a 1996 com inúmeras conquistas, ficando todavia uma vez mais à porta da consagração internacional.
Em 1986-87 terá acontecido o resultado mais humilhante da história do hóquei benfiquista dos últimos trinta anos. Deslocando-se às Antas em jogo da 1ª eliminatória da Taça dos Campeões (não por ter sido campeão mas por ter beneficiado do título europeu portista), o Benfica foi copiosamente derrotado por 13-1 (!!!).Foram anos em que naturalmente acompanhei com menos entusiasmo os jogos do Benfica, e como tal não me recordo de muitos pormenores dessa partida, que foi um autêntico bater no fundo.
Ao longo desses anos o Benfica foi coleccionando lugares medianos no campeonato nacional – recordo-me de ficar em sexto, em quarto – enquanto Porto, mas também Sporting, com uma jovem e renascida equipa e Sanjoanense faziam figura.
Terão sido também esses os anos em que o hóquei foi ficando afastado da rádio e a pouco e pouco perdendo o seu estatuto de claro número dois do panorama desportivo português, fruto também da competição movida pelo Basquetebol, no qual o Benfica aliás estava por essa altura a construir uma equipa que faria furor até na Europa (na qual se incluíam José Carlos Guimarães, Carlos Lisboa, Mike Plowden, Jean Jacques, Steve Rocha e Henrique Vieira).
Também a nível de selecções a década de oitenta – entendida no pós Mundial de Barcelos – não foi muito proveitosa, pois só em 1989 a equipa nacional conquistou um título europeu – vindo apenas a recuperar a ceptro mundial no Porto em 1991, num torneio atípico em que não teve de defrontar nem Espanha, nem Argentina nem Itália, acabando por vencer a Holanda na final por 7-1.
Em 1985 Barcelos voltou a assistir a um torneio internacional, desta vez um Europeu, que todavia não foi vencido por Portugal. A cidade minhota era por esta altura uma verdadeira talismã para os seleccionados lusos, pois foram lá disputados e ganhos o Europeu de Juniores de 1980 (que representou o despontar de Vítor Hugo, numa equipa da qual faziam também parte Serra, João Rodrigues e Domingos Carvalho) e sobretudo o Mundial de Seniores em 1982, que já tive oportunidade de recordar neste espaço.
Esse Europeu foi uma enorme decepção, e a final resultou num espectáculo deprimente, com o público a arremessar objectos para cima dos vencedores jogadores espanhóis – recordo a grotesca imagem de Vila Puig todo encolhido dentro da baliza para se proteger -, mas a ele conto voltar num próxima edição desta rubrica de recordações, eventualmente com uma fotografia da equipa portuguesa que irei tentar encontrar numa publicação que permanece perdida algures na minha casa.

25.1.07

OBVIAMENTE, DEMITAM-SE !

O que se passou em Oliveira de Azeméis envergonha a modalidade e envergonha o país.
O Portosantense, com vários jogadores suspensos pela federação, decidiu protestar, provavelmente com alguma razão, apresentando uma equipa com apenas 3 jogadores de campo, juniores e juvenis. Perdeu 63-0 (!!!!), resultado record no campeonato nacional.
Quando digo desconfiar que o conjunto madeirense talvez tenha tido razão, faço-o menos por conhecer o caso concreto, mas mais por conhecer a federação que temos, e por analogia com outros casos que ocorreram no passado recente. Esta federação está de facto a matar o Hóquei português, parecendo apenas empenhada em garantir títulos para o clube que (cada vez menos)encapotadamente protege.
Para quem gosta de hóquei, é triste constatar mais uma vez para onde estes senhores o têm levado, e de onde o vai ser difícil tirar: da lama !
Entretanto em Fânzeres, sem qualquer transmissão televisiva ou radiofónica - como a federação parece gostar que aconteça, quem sabe para ocultar do grande público aquilo que por vezes se passa nos pavilhões, não seja o caso de alguém atirar um petardo para dentro do ringue – o Benfica arrancou uma igualdade a um golo. Reinaldo Ventura abriu o activo ainda na primeira parte, enquanto Tó Silva restabeleceu a igualdade a dois minutos do fim, num golpe de felicidade que segundo rezam as crónicas castigou a atitude demasiado prudente do F.C.Porto.
Com o novo modelo competitivo, e dada a classificação actual, qualquer que fosse o resultado pouco acrescentaria às hipóteses de cada um dos emblemas. Ainda assim clássico é clássico, e nessa perspectiva Carlos Dantas terá mais motivos para se sentir feliz. Esta temporada em três embates entre Dragões e Águias, três empates a um golo. Como será no playoff ?
Destaque por fim para a vitória do O.Barcelos nos Açores perante o difícil Candelária. A equipa minhota cimenta assim o seu terceiro lugar, na luta com a Oliveirense pela única posição que permanece em aberto entre os seis primeiros.
No próximo fim-de-semana mais uma jornada. O Hóquei vai ...sobrevivendo.

18.1.07

GOSTAR DE HÓQUEI (9) - António Livramento

O "Mago" António Livramento, aqui em acção frente ao Oeiras já com a camisola do Sporting. Lamentavelmente não me recordo dele no meu Benfica, mas nem por isso deixei de o admirar, como o melhor hoquista que alguma vez vi jogar.
Sporting-Oeiras era um clássico dos anos 70. Recordo que por exemplo em 1977, o Sporting venceu a Taça dos Campeões e o Oeiras (com Saraiva, Vítor Rosado, José Rosado, Carvalho e Salema) conquistou a Taça das Taças, feito que aliás repetiria nos dois anos seguintes.

MISTER

Veja aqui as respostas de Carlos Dantas a perguntas dos leitores do Sportugal.

15.1.07

A JORNADA EUROPEIA

Com uma agradável exibição, mesmo depois de se ter visto em desvantagem, o penta-campeão nacional F.C.Porto venceu o Réus por 4-1 na 3ª jornada da Liga Europeia, posicionando-se no topo da classificação do seu grupo.
Depois de uma primeira parte dividida, os dragões arrancaram para um segundo tempo muito bem conseguido, arrasando por completo a experiente equipa catalã. Destaque para o jovem argentino Emanuel Garcia, autor de dois grandes golos e de uma exibição muito conseguida.
Na próxima ronda o F.C.Porto desloca-se a Itália para defrontar o Bassano, e em caso de vitória fica a um pequeno passo do apuramento.
O Óquei de Barcelos por seu turno viajou até Barcelona, perdendo no Palau Blau Grana por 6-2, mas mantendo de pé todas as suas hipóteses de qualificação para a Final Four da prova. Os minhotos, viram-se privados de alguns jogadores influentes (sobretudo o jovem internacional Tiago Rafael), pelo que a derrota se afigura como perfeitamente natural.
O Óquei irá também a Itália no próximo dia 27 para defrontar o Prato, numa jornada que poderá definir algumas coisas no tocante a classificação deste grupo (o Vic recebe o Barcelona no outro jogo).

Entretanto, no campeonato português o Benfica venceu em Sintra por 0-2 com mais dois golos de Tó Silva, e cimentou ainda mais a sua segunda posição na tabela. Os play-offs vão seguramente trazer emoções fortes lá para Maio ou Junho, mas é um modelo competitivo que torna a maior parte da temporada muito pouco apelativa. Nada parece poder acontecer que altere muito a classificação dos primeiros, e sem televisão o campeonato torna-se triste.

13.1.07

O REGRESSO DA EUROPA

No dia em que F.C.Porto e Óquei de Barcelos têm importantes compromissos europeus respectivamente perante Réus (em casa) e Barcelona (fora), importa relembrar o brilhante palmarés que estes dois emblemas têm na competição máxima de clubes do hóquei patinado europeu.
Os Dragões já foram 2 vezes campeões europeus (1986 e 1990), marcando presença em 9 finais da prova (perdendo 7 portanto). Disputaram 135 jogos e venceram 88, empatando 16 e perdendo 38. Marcaram na Taça/Liga dos Campeões 727 golos e sofreram 403.
A equipa minhota por seu turno foi campeã europeia em 1991, disputando mais 2 finais. Realizou ao todo 79 jogos vencendo 45, empatando 9 e perdendo 25. O Óquei marcou na prova 437 golos e sofreu 258.
Recorde-se que o Sporting também foi campeão europeu (em 1976), e o Benfica foi a 5 finais, perdendo-as todas. O Desportivo de Lourenço Marques disputou a final de 1974.
Valongo, Oliveirense, Paço de Arcos e Juventude de Viana foram as outras equipas lusas que marcaram presença nesta competição desde que ela foi criada em 1966.
O Benfica conseguiu a maior goleada das equipas portuguesas nesta prova, batendo por 36-1 a modesta equipa do VRC em 2002.

Já agora lembra-se também que perante os adversários de hoje o palmarés é o seguinte: O Óquei de Barcelos jogou com o Barcelona 6 vezes e apenas alcançou uma vitória (em 2002). O F.C.Porto por sua vez enfrentou o Réus em 7 ocasiões vencendo 4, empatando 1 e perdendo em 2 .
Resta então desejar boa sorte às equipas do nosso país.

12.1.07

GOSTAR DE HÓQUEI (8) - Taça das Taças de 1983

À medida que o campeonato nacional vai prosseguindo sem novidades de maior (aguardemos pelo play-off para viver as grandes emoções), aproveito para partilhar mais algumas recordações com os leitores. Desta vez viajemos no tempo até há 24 anos atrás.
Uma das derrotas mais amargas de que tenho memória enquanto adepto de hóquei em patins foi a da final da Taça dos Vencedores das Taças de 1983, quando o Benfica perdeu em pleno pavilhão da Luz a possibilidade de conquistar o seu primeiro troféu europeu da modalidade – apenas alguns anos mais tarde venceria a Taça CERS -, e logo frente ao F.C.Porto, detentor do troféu e que participava nessa ocasião justamente na segunda final internacional da sua história em todas as modalidades – só mais tarde viria a ser campeão europeu de futebol e hóquei.
O Benfica perdera o título nacional da época anterior (81-82) para o Sporting, terminando com os mesmos pontos do rival, após ter sido tri-campeão entre 78 e 81. A equipa sentira a saída do guarda-redes e capitão António Ramalhete para os leões (foi substituído por António Fernandes que nunca o fez esquecer), e a performance da estrela Cristiano Pereira, chegado do F.C.Porto em 1981, estava longe de corresponder às expectativas. Ainda não se sabia mas tratava-se do fim de um ciclo…e do início de um outro, portista, de grandes e múltiplas vitórias.
Na temporada de 1982-83 o Benfica contava com os seguintes jogadores: António Fernandes, Chambel, José Carlos, Fernando Pereira, Cristiano, Leste, Picas e Piruças. Na temporada seguinte dar-se-ia uma razia, com a saída de quase todos eles, quatro dos quais para o Dramático de Cascais que contava com dinheiro de um empresário de sucesso para a construção de uma equipa campeã – nunca o viria a ser.
O F.C.Porto, que nessa temporada conquistaria também o seu primeiro título nacional na modalidade, tinha uma equipa muito jovem e valiosa que iria dominar o hóquei nacional na década seguinte. Domingos, Alves, Fanã, Vítor Hugo e Vítor Bruno constituíam o cinco base, que foi depois reforçado com Franquelim e Realista.
Na Taça das Taças desse ano o Benfica desembaraçou-se facilmente do Fontenay (15-4 e 9-3) e do Den Haag (9-2 e 3-2) que havia eliminado o Follónica. Os dragões por seu turno venceram o Vevey (9-3 e 5-1) e o difícil Liceo da Corunha nas meias finais (6-2 e 4-5). Encontravam-se assim na final, o F.C.Porto pelo segundo ano consecutivo depois de ter conquistado o seu primeiro troféu no ano anterior, e o Benfica, finalista da Taça dos Campeões de 1973 e 1980, mas sem grande historial na Taça das Taças, que Oeiras por três vezes (nas três primeiras edições) e Sporting também já haviam conquistado. Depois do 2-2 no pavilhão das Antas na primeira mão, os encarnados tinham tudo para conquistar o troféu.
Num sábado à noite, com o antigo pavilhão da Luz a rebentar pelas costuras, e com transmissão televisiva pelo canal 2 da RTP (julgo ter sido o primeiro jogo do Benfica que vi na televisão), o Benfica entrou de rompante, e já na segunda parte chegou a 4-1, parecendo ter ao triunfo na mão. O ambiente era de festa total, mas a verdade é que o F.C.Porto de forma fria e cruel foi reduzindo distâncias, acabando por empatar a quatro golos já nos últimos segundos do tempo regulamentar. Seguiu-se o prolongamento, com o Benfica incessantemente à procura do golo mas sem ser feliz, e o F.C.Porto a procurar surpreender em contra-ataque. Não houve mais golos e tudo se decidiria no desempate por grandes penalidades.
Mais uma vez o Benfica esteve em vantagem, concretizando uma das primeiras penalidades. Mas o dia era do F.C.Porto, que marcando por duas vezes, suponho que ambas pelo especialista Fana, arrecadou a Taça perante o silêncio sepulcral (e certamente algumas lágrimas) de todo o pavilhão e de toda a nação benfiquista.
Foi com grande dor que tive de aceitar esta dramática derrota, num dos mais intensos momentos de hóquei que vivi desde sempre.