30.4.07

HEXAPORTO !

Aconteceu aquilo que se esperava. Mais golo menos golo, o F.C.Porto conquistou, com inteira justiça, o seu sexto título consecutivo na modalidade.
Conforme havíamos previsto, aquele primeiro jogo deixou sequelas irreversíveis no desfecho de uma final que já se aguardava difícil para o Benfica. A derrota na Luz foi o golpe de misericórdia, e esta goleada apenas selou as contas. Nem os próprios jogadores encarnados pareciam já acreditar nos favores do destino, entrando em campo como pouco mais do que “bonecos cabeçudos” da festa portista.
O jogo tem pouca história, e a final também acaba por não ter muito mais.
Ficam os parabéns ao F.C.Porto, e já agora também aos seus adeptos e à forma como sabem criar uma atmosfera muito forte em torno da sua equipa, apoiando freneticamente a equipa, ao contrário dos benfiquistas que nem foram capazes de encher o pavilhão Açoreana numa tarde de feriado.
Sou como sabem benfiquista e custa-me admitir isto, mas as verdades são para ser ditas, sobretudo quando são desconfortáveis de ouvir.

27.4.07

PORTO RUMO AO HEXA

Ao vencer na Luz por 2-3, o F.C.Porto deu um passo importantíssimo para a conquista do seu sexto título nacional consecutivo.
De facto, não é crível que os encarnados consigam vencer três jogos seguidos aos dragões, dois dos quais fora, quando em cinco partidas disputadas esta temporada em nenhuma delas lograram alcançar qualquer vitória.
Na partida da Luz ficou claro que a este Benfica ainda falta qualquer coisa para disputar a ampla hegemonia portista dos últimos anos. Quem sabe na próxima temporada, perante um Porto que se antevê desfalcado de algumas das mais preponderantes peças da sua trituradora máquina, a equipa de Carlos Dantas possa enfim dar uma alegria aos seus adeptos, que desde 1998 não festejam um título nacional de hóquei em patins.
Depois de uma primeira parte equilibrada e empatada (golos de Ventura e Vítor Hugo), e de um golo benfiquista a abrir a segunda marcado por Ricardo Barreiros, o Benfica pareceu sentir a vertigem da responsabilidade, entregando-se de forma inapelável à maior frieza e experiência dos azuis e brancos. Um golo estranho que não se percebeu bem de quem foi, e um outro de Pedro Gil em contra-ataque quando os encarnados procuravam avidamente retomar o caminho da vitória, selaram o resultado final, por entre algumas oportunidades desperdiçadas de parte a parte.O F.C.Porto caminha assim para o desejado hexa, que poderá confirmar já amanhã em Fânzeres. Veremos como reage o Benfica a mais este golpe, depois de manifestamente não se ter conseguido alhear da infelicidade com que se deparou na primeira partida que, da forma como se desenvolveu e finalizou, parece ter marcado, talvez definitivamente, esta final do play-off.

22.4.07

ALTA TENSÃO

F.C.Porto e Benfica proporcionaram ao país um encontro de grande emotividade, com lances de grande qualidade, e incerteza até ao fim.
O resultado de 1-1 já se está a tornar uma rotina nos jogos entre os dois clubes, pois foi a quarta vez esta temporada que tal aconteceu, em outros tantos jogos. Desta vez, havia que resolver a contenda, e o F.C.Porto levou a melhor no desempate por grandes penalidades.
O Benfica foi infeliz, pois terá sido, no conjunto dos 60 minutos de jogo, a equipa que mais perto esteve da vitória. Há alguns anos que não me recordo de ver um Benfica tão forte e personalizado no Pavilhão de Fânzeres, onde o ambiente é, para si, tão infernal e intimidatório – a propósito, não se compreende o parco contingente policial que normalmente segura este pavilhão nos jogos com o Benfica, quando na Luz acontece justamente o contrário.
A equipa de Franklim Pais sente claramente a falta do melhor Pedro Gil, que esta época ainda não chegou a aparecer. Sem a velocidade e potência do internacional espanhol, o F.C.Porto perde bastante agressividade ofensiva, acabando por cair nalguma falta de imaginação para tornear defesas sólidas como a do Benfica – já na Liga dos Campeões se tinha verificado algo semelhante.
O Benfica apareceu muito bem, extremamente tranquilo, com Tó Silva em excelente plano – só lhe falou marcar aquele golo que tudo decidiria... – e uma boa rotatividade assegurada pelas entradas de Barreiros, Pedro Afonso e sobretudo Carlitos, que acabaria por marcar o golo encarnado e converter também o seu penálti no desempate.
Quando os dragões inauguraram o marcador era o Benfica que tinha claramente o sinal mais do jogo. Curiosamente, foi num dos melhores momentos dos portistas que o Benfica acabaria por restabelecer a igualdade já na segunda parte.
Os instantes finais, e todo o prolongamento, foram de grande emoção e alto nível hoquistico. Ao contrário do que seria de esperar, as equipas não se remeteram à defesa e procuraram resolver o jogo. Não houve mais golos, mas oportunidades não escassearam para ambos os lados.
Pensou-se que a ausência de Edo Bosch podia ser determinante no desempate por grandes penalidades. Contudo, o facto de a moeda ao ar ter permitido aos portistas levarem a decisão quase para o baixo dos Super Dragões, conjuntamente com a perseguição que os árbitros fizeram a Carlos Silva, desconcentrando-o claramente, acabaram por ser situações de maior peso no desfecho final, com Reinaldo Ventura e Filipe Santos a converterem duas stickadas, contra apenas uma de Carlitos.
A exibição benfiquista faz acreditar que nada esteja perdido, mas numa prova deste género é importantíssimo começar a vencer. E o Benfica há muito que não estava tão perto disso em Fânzeres, acabando por “morrer na praia” o que deixará eventualmente algumas marcas na equipa sob o ponto de vista anímico. Veremos como reage na quarta-feira, onde tem oportunidade de fazer voltar tudo à estaca zero.Nota final para os comentários de Vítor Bruno, ex jogador portista, que quanto a mim são um lamentável exemplo de parcialidade. Será talvez o caso mais flagrante da televisão portuguesa, em todas as modalidades, de alguém que não sabe mesmo despir a camisola, e como tal não se compreende como possa continuar a colaborar com as transmissões. Ter sido um grande jogador – e foi-o – não me parece ser motivo suficiente para comentar os jogos como se de um mero observador se tratasse.

19.4.07

AÍ ESTÁ A GRANDE FINAL !



Sábado 21 Fânzeres ; Quarta 25 Luz ; Sábado 28 Fânzeres ; Terça 1 Luz (se necessário) ; Sábado 5 Fânzeres (se necessário)
Sempre na RTP.
As duas melhores equipas portuguesas, e duas das melhores equipas mundiais, disputam uma final aguardada com grande expectativa. Conquistará o F.C.Porto o seu 6º título consecutivo ?Conseguirá o Benfica finalmente destronar os portistas ? Em breve saberemos.
O F.C.Porto é favorito, não só por ser campeão, mas por poder fazer valer o factor casa a seu favor, em particular sabendo-se tudo o que frequentemente acontece nos jogos em Fânzeres.
O Benfica pode surpreender, e aproveitar a menor forma de alguns jogadores nucleares do F.C.Porto para se superiorizar. Para isso terá que vencer pelo menos um jogo fora, o que não é fácil.
Esperam-se grandes espectáculos, e acima de tudo que sejam correctos dentro e fora da pista, e assim façam com que esta seja uma boa oportunidade, com a televisão presente, de relançar a modalidade no nosso país.

10.4.07

MONTREUX PARTE 1

Repetiu-se uma vez mais a história dos últimos anos. Portugal perdeu com a Espanha, conquistando esta mais um título, neste caso a Taça das Nações de Montreux, o mais antigo torneio de hóquei em patins de todo o mundo, este ano com a particularidade de anteceder o Mundial a disputar em Junho no mesmo local.
A equipa nacional apresentou uma equipa incompreensivelmente desfalcada dos jogadores do F.C.Porto, quando a Final Four da Liga dos Campeões se havia disputado vários dias antes, e se tinha limitado, para os portistas, a apenas um jogo. Aliás, Pedro Gil, o mais importante jogador do F.C.Porto alinhou naturalmente pela sua selecção.
Para além desta inexplicável atitude, Paulo Baptista decidiu também deixar em Lisboa Ricardo Barreiros, acabando por desaproveitar um torneio que deveria ser de afinação para o Mundial de um cinco e uma equipa já constituídas. Não é líquido que Portugal com Reinaldo Ventura, Jorge Silva, Barreiros ou (porque não) o “italiano” Ricardo Pereira, vencesse o torneio. Mas não sobram dúvidas que alinhando e rodando a equipa que disputará o Mundial, a selecção nacional entraria na competição de Junho em melhores condições.
Tem sido norma na equipa portuguesa as constantes alterações de convocatória para convocatória, ao sabor de critérios técnicos nem sempre compreensíveis. A última ocasião em que Portugal participou numa competição com os seus melhores jogadores foi em Oliveira de Azeméis em 2003 e o resultado foi a conquista do título mundial. Aparte essa prova, o critério seguido tem sido invariavelmente o da inovação aventureirista, desprezando jogadores experientes, e rotinas de grupo que favoreceriam seguramente melhores resultados.
O resultado repetiu-se. A Espanha venceu e Portugal deixou nota de uma fragilidade enorme face ao país vizinho, ao qual não ganhamos vai para uma década (em 2003 não defrontámos os espanhóis).
Veremos o que acontece em Junho, que alterações surgirão até lá, se jogadores como Ricardo Oliveira, Tiago Resende ou Rui Ribeiro repetirão a convocatória, que portistas serão chamados. A avaliar por este Montreux, o próximo não anuncia nada de bom, isto querendo considerar que para um país com as tradições de Portugal apenas o título interessa.
Nota para a utilização de bolas amarelas que respondem aquilo que aqui tenho defendido, e que passa pela imperiosa necessidade que o hóquei tem de conquistar espaço televisivo. Só é pena que o piso se apresentasse carregado de publicidade, inviabilizando assim que as novas bolas pudessem fazer valer os seus méritos. Talvez para o Mundial, sem publicidade no piso e exclusivamente com as marcações do hóquei, como se impõe numa competição de topo, tenhamos belas transmissões televisivas, capazes de aglutinar o público que tão arredio tem andado de uma modalidade que nada tem feito para o reconquistar.

2.4.07

OS SUSPEITOS DO COSTUME

O Barcelona conquistou o seu 17º título europeu, ao bater na final o anfitrião Bassano por 5-2.
No sábado os catalães haviam derrotado o F.C.Porto por 3-2 após prolongamento, e após os dragões terem estado duas vezes em vantagem.
Podem os portugueses queixar-se da sorte, mas foi quase sempre assim, sem grande exuberância exibicional, que o Barcelona conseguiu alancar os seus títulos. Todavia há que também dizer que por exemplo Pedro Gil esteve muitíssimo longe do seu melhor.
Os portistas falham assim uma vez mais um dos seus grandes objectivos.

31.3.07

SERÁ DESTA?

O penta-campeão nacional F.C.Porto vai este fim de semana tentar uma vez mais em Bassano (a cerca de 60 kms de Veneza) vencer um título que lhe foge há já alguns anos.
Campeões europeus em 1986 e 1990, os Dragões não mais voltaram a levantar o troféu apesar de terem desde então estado presentes em 6 (!!!!) finais. Para alcançar o objectivo a que se propõem, os comandados de Franklim Pais terão de ultrapassar já esta tarde o fortíssimo Barcelona nas meias-finais.
A equipa catalã, com o impressionante curriculo de 16 títulos europeus, lidera destacadamente a liga espanhola e é talvez o principal candidato à vitória nesta final-four. Orientada pelo antigo internacional Pauls, o Barça conta com um plantel riquíssimo onde avultam nomes como os irmãos Paez, o também argentino Carlos Lopez, além dos internacionais espanhóis Egurrola, Panadero, Masoliver, Borregan e Ordeig. Para esta partida pode-se dizer que o favoritismo está do lado do Barcelona, embora o F.C.Porto também tenha as suas armas.
O jogo disputa-se às 18.15 e tem transmissão directa da RTP2.
A outra meia-final põe frente a frente a equipa da casa, os campeões mundiais do Bassano de Luís Viana e Ricardo Pereira, e o Vic de Espanha, carrasco do Óquei de Barcelos na fase de grupos. A grande final disputa-se no domingo, e caso o F.C.Porto esteja presente também terá transmissão em directo na RTP2.
Recordemos que para além do F.C.Porto, também Barcelos e Sporting já lograram alcançar este título. O Benfica, mau grado a presença em 5 finais, nunca conseguiu sagrar-se campeão europeu.

28.3.07

A FINAL MAIS DESEJADA

Benfica e F.C.Porto vão disputar a final do play-off do nacional de hóquei em patins.
Enquanto os dragões derrotavam a Oliveirense por 6-5 (depois de terem estado a vencer por 6-2), os encarnados viram-se e desejaram-se para levar à melhor diante do Óquei de Barcelos por um também tangencial 4-3.
A equipa da Luz entrou de rompante neste 3º e decisivo jogo, marcando dois golos logo nos primeiros instantes, ambos por intermédio de Tó Silva. Quando se pensava que o Benfica iria partir para uma vitória tranquila, em pouco mais de dois minutos o Óquei virou de pantanas o resultado do jogo e da eliminatória, marcando 3 golos por Caio e Tiago Rafael (duas vezes, uma das quais com algumas culpas para Carlos Silva), lançando o pânico entre os benfiquistas, atónitos por tão avassaladora reacção. Até final da primeira parte, um Óquei mais prudente e um Benfica algo assustado, não marcaram mais qualquer golo.
No segundo tempo o Benfica voltou novamente com disposição de resolver o problema que tinha por diante, e acabou por marcar os dois golos de que necessitava, empatando por Carlitos e fazendo o decisivo 4-3 por Ricardo Barreiros quando ainda faltavam cerca de 15 minutos para jogar.
O Pavilhão Açoreana tremeu quando já próximo do final da partida o árbitro assinalou um penálti contra o Benfica e expulsou Mariano Velasquez afastando-o assim do primeiro jogo da final. Todavia Caio desperdiçou a soberana ocasião, e até final o Benfica conseguiu segurar a preciosa vantagem, apurando-se assim para a grande decisão frente ao penta-campeão F.C.Porto, num embate que promete grandes emoções. O primeiro jogo da final só será disputado dentro de algumas semanas, pois de permeio temos a final four da Liga dos Campeões e o Torneio de Montreux, este ano com particular interesse visto funcionar como uma espécie de antecâmara do Mundial a disputar em Junho na mesma cidade suiça.

26.3.07

DECISÕES ADIADAS

Com uma exibição pouco mais que miserável, o Benfica foi goleado em Barcelos, perdendo assim a oportunidade de se qualificar desde logo para a final do play-off.
Os encarnados apresentaram-se sem chama, sem agressividade, e desde cedo se percebeu que os da casa iriam transferir a decisão para o terceiro jogo.
O resultado acabou em 4-1, mas os números podiam inclusivamente ter sido mais dilatados, tal a apatia que se apoderou dos homens de Carlos Dantas.
Destaque para as exibições de Cacau e Caio nos minhotos, que aliás dividiram os 4 golos da equipa. No Benfica salvou-se apenas Carlos Silva.
Na quarta-feira tudo ficará decidido na Luz.
Também adiada ficou a decisão da outra meia final em que surpreendentemente a Oliveirense derrotou o penta-campeão F.C.Porto por 4-3 após prolongamento. Foi um jogo polémico e com muitos nervos à mistura, com o golo do triunfo da equipa da casa a ser apontado pelo veterano Vitor Fortunato a poucos segundos do fim do prolongamento.
Também na quarta feira, em Fânzeres, o F.C.Porto irá receber a equipa de Oliveira de Azeméis, sendo naturalmente o grande favorito da eliminatória.

19.3.07

TV REGRESSA AOS RINGUES

A RTP está de regresso ao hóquei, estando anunciadas várias transmissões directas para as próximas semanas.
Depois de ter transmitido a final da taça CERS, bem como a segunda parte do Benfica-Barcelos para o play-off, a estação pública vai também levar até nossas casas a Final Four da Liga dos Campeões (dias 31 e 1), o Torneio de Montreux (dias 6 a 9 de Abril), todos os jogos da final do Play-Off (a partir de dia 21 de Abril), a Final Four da Taça de Portugal e por fim o Mundial da Suiça em Junho. Nada mau.
Esperemos apenas que os jogos sejam transmitidos na íntegra...

CANDELÁRIA DIZ ADEUS AO SONHO EUROPEU

A equipa açoreana do Candelária perdeu ontem na segunda mão da final da Taça CERS na Catalunha por 4-2 frente ao Villanova, despedindo-se assim da hipótese de conquistar o seu primeiro troféu europeu.
Os açoreanois discutiram a jogo até muito perto do final, altura em que os espanhóis fizeram o 3-1 que praticamente arrumou a questão. Nos últimos segundos de jogo aconteceu mais um golo para cada lado, mas o destino desta final estava já traçado.

De qualquer forma o Candelária está de parabéns por ter chegado tão longe nesta prova, e se ter batido com tanta galhardia frente a uma equipa bastante mais experiente.

18.3.07

BENFICA E PORTO GANHAM TERRENO

O Benfica ganhou hoje vantagem sobre o Óquei de Barcelos, ao bater os minhotos por 3-2 no primeiro jogo das meias-finais disputado na Luz.
A equipa de Barcelos marcou praticamente no seu primeiro lance de perigo, numa fase do jogo em que o Benfica pressionava fortemente. Mas ainda na primeira parte os encarnados deram a volta à situação com golos de Valter Neves e Ricardo Barreiros.
Na segunda parte novamente Barreiros (que aparece em muito boa forma nestes play-offs) dilatou a vantagem benfiquista, e a partir daí os lisboetas apostaram num jogo de contenção e circulação de bola que foi deixando o tempo correr perante a passividade dos barcelenses.
Foi já na ponta final da partida que o Óquei reduziu a diferença, criando grande expectativa para os últimos minutos. Apesar dos momentos de forte emotividade com que terminou o jogo, o resultado não se alterou.
Pelo que fez ao longo do jogo, e também pelo que o seu adversário – muito ressentido da ausência de Caio – não fez, a vitória do Benfica afigura-se um resultado justíssimo.
No próximo sábado em Barcelos, o Benfica tem hipótese de garantir desde logo, com uma vitória, a presença na final.

No outro jogo o F.C.Porto venceu a Oliveirense em Fanzeres, por 6-5 após prolongamento.
Entretanto amanhã o Candelária disputa em Villanova a segunda mão da final da Taça CERS (1-1 nos Açores), com transmissão televisiva a partir das 16.00 na “Dois”

14.3.07

COM HORAS EXTRAORDINÁRIAS

O Benfica juntou-se ontem a F.C.Porto e Oliveirense (com duas vitórias cada) nos apurados para as meias finais do campeonato nacional da 1ª divisão, ao bater nos Açores o Candelária através do desempate por grandes penalidades, depois de se registar uma igualdade 2-2 no fim do prolongamento - recorde-se que os encarnados haviam vencido na Luz por 4-2.
Foi uma noite longa, seguida (boa sugestão Roller Barcelos !) através da açoreana Rádio Pico até quase à meia noite, altura em que depois de variadíssimas grandes penalidades defendidas por Paulo Matos e Carlos Silva (na primeira série foram convertidas uma para cada lado), Ricardo Barreiros logrou a stickada que valeu o apuramento e evitou um terceiro jogo.
Durante os 50 minutos do tempo regulamentar o Candelária colocou-se em vantagem ainda na primeira parte para logo em seguida Barreiros restabelecer a igualdade.
O mesmo jogador (figura do encontro) colocou o Benfica em vantagem no início do segundo tempo através de uma grande penalidade, mas a meio da segunda parte o Candelária voltou a empatar. A equipa açoreana falharia duas grandes penalidades ainda durante o jogo, deixando a decisão para o desempate, no qual o Benfica foi mais feliz.
Hoje jogam Óquei de Barcelos e Portosantense, e o vencedor será o adversário dos encarnados nas meias finais que, ao que se diz, serão televisionadas, tal como a final.

5.3.07

SEM SURPRESAS

Decorreu este fim-de-semana a primeira ronda dos play-offs do nacional de Hóquei em Patins.
Os favoritos venceram todos em casa, e apenas a Oliveirense teve alguma dificuldade em se desembaraçar do Juventude de Viana, logrando o triunfo apenas no prolongamento.
Na Luz o Benfica chegou facilmente a 3-0 diante do Candelária, que não mostrou daí em diante argumentos para por em cuasa a superioridade benfiquista.
O resultado final de 4-2 foi composto nos últimos minutos da partida, depois de Tomba, ainda na primeira parte ter reduzido para 3-1.
Dia 10 joga-se a segunda mão nos Açores.
Nota positiva para o regresso da modalidade às instalações do Benfica. Nota muito negativa para a hora do jogo - em cima do futebol - e para a inexistência de qualquer transmissão televisiva ou radiofónica nestes quartos-de-final.
A propósito de rádio, e da cobertura que a Antena 1 está a dar ao Basquetebol (e faz muito bem em dar), bem gostaria de saber qual o porquê de o Hóquei ter desaparecido das rádios nacionais.

21.2.07

AGORA VAI SER A SÉRIO

Depois de uma fase regular profundamente enfadonha, o campeonato nacional vai finalmente entrar na fase de todas as decisões.
Neste terça-feira de Carnaval ficaram então definidos os confrontos dos quartos-de-final do Playoff.
São os seguintes:

F.C.PORTO-AC.CAMBRA
BENFICA-CANDELÁRIA
O.BARCELOS-PORTOSANTENSE
OLIVEIRENSE-JUVENTUDE DE VIANA

Se a lógica imperar teremos uma meia-final entre Benfica e Barcelos, e outra entre Porto e Oliveirense.
É também altura de chamar a televisão ao hóquei. Veremos se alguém faz por isso.

13.2.07

A LEI DA EXPERIÊNCIA, E (MAIS) UMA PÉSSIMA NOTÍCIA

Perdendo em casa por 2-3 frente ao VIC, o óquei de Barcelos ficou matematicamente afastado da hipótese de disputar a Final Four da Liga dos Campeões. Tratava-se de um jogo decisivo, no qual a experiência dos catalães falou mais alto. O OB chegou a estar a perder por 0-3, recuperando nos minutos finais, mas de forma insuficiente para evitar a derrota.
Por seu turno o F.C.Porto, vencendo o Follónica, garantiu mais uma presença na fase decisiva da prova, juntando-se assim ao Bassano, Vic e Barcelona.
A final four disputa-se em Bassano, sendo naturalmente os da casa, campeões do mundo (onde actuam os portugueses Ricardo Pereira e Luis Viana), os principais favoritos ao título.

No plano nacional nada há de novo a não ser a má notícia de o Benfica passar a disputar os seus jogos novamente em casa emprestada por alegados problemas com a pista da Luz. Esta decisão parece-me mais um tiro errado dos dirigentes do hóquei encarnado, pois a equipa apenas perdeu um jogo realizado em casa até ao momento, o que deixa dúvidas sobre até que ponto a pista estaria mesmo a prejudicar a equipa - veremos como serão os resultados daqui em diante. Esta decisão é uma bofetada para os adeptos do clube e para o VEDETA DO HÓQUEI vai ser mais um rude golpe, pois inviabiliza a possibilidade de assistir a alguns jogos. Esperemos que para o play-off seja encontrada uma solução que devolva o hóquei do Benfica à casa dos benfiquistas.

28.1.07

ÓQUEI DE LUXO !

O Óquei de Barcelos deu um significativo passo rumo ao apuramento para a final four da Liga dos Campeões ao bater o Prato em Itália por 1-5. A equipa barcelense tem agora pela frente um decisivo jogo em casa frente ao Vic, no qual deverá ficar decidida a qualificação tendo em conta que Barcelona já está praticamente apurado e Prato, com esta derrota caseira, fica fora das contas.
Também em Itália o F.C.Porto arrancou um precioso empate (3-3) frente aos campeões do mundo do Bassano, colocando-se em excelente posição para conseguir a passagem. Réus e Bassano deverão disputar a outra vaga.

26.1.07

GOSTAR DE HÓQUEI (10) - Negros Anos 1982-1989

Recordei aqui há dias a final da Taça das Taças de 1983 entre Benfica e Porto que os nortenhos venceram depois de um jogo dramático no velhinho Pavilhão da Luz.
Esse jogo representou de algum modo o fim de um ciclo no Benfica, que permitiu em cinco anos a conquista de um tri-campeonato, de três Taças de Portugal, e a presença em três finais europeias. Na época seguinte o Benfica, após voltar a repetir a presença na final da Taça das Taças (desta vez frente ao Réus) faria um pronunciado desinvestimento na sua equipa e iniciaria assim uma travessia de deserto que iria durar até à década de noventa, na qual voltariam as glórias.
De facto em 1984 saíram do clube de uma assentada Fernando Pereira, José Carlos, Picas e Piruças, todos para o Dramático de Cascais, que pela mão de um abastado empresário (não me recordo se Jorge Figueiredo) tencionava construir uma grande equipa, o que, mau grado as sonantes aquisições, não lhe viria a valer nenhum título. Além destes também Cristiano e Leste haviam saído para Itália, e a grande equipa da passagem da década ficava assim totalmente desmantelada.
Para os anos seguintes, enquanto o F.C.Porto tomava a hegemonia do hóquei nacional - com Vítor Hugo, Vítor Bruno, Alves, Domingos , Vale e mais tarde Realista, Franquelim, Diego Allende e Tó Neves – o clube da Águia afastava-se para bem longe da discussão dos principais títulos com uma equipa muito jovem e sem grandes ambições. Paulo Baptista, Garção, Campão, Garrido, Fernandes entre outros eram os elementos que faziam a guarda de honra aos veteranos Fana e Vítor Rosado – mais tarde Leste também regressaria – neste período de autênticas vacas magras para os lados da Luz.
Anos mais tarde, jogadores como Carlos Silva, Luís Nunes, Trindade, Rocha, Luís Ferreira, Rui Lopes, Paulo Almeida, Vítor Fortunato ou até Tó Neves coloririam os anos de 1992 a 1996 com inúmeras conquistas, ficando todavia uma vez mais à porta da consagração internacional.
Em 1986-87 terá acontecido o resultado mais humilhante da história do hóquei benfiquista dos últimos trinta anos. Deslocando-se às Antas em jogo da 1ª eliminatória da Taça dos Campeões (não por ter sido campeão mas por ter beneficiado do título europeu portista), o Benfica foi copiosamente derrotado por 13-1 (!!!).Foram anos em que naturalmente acompanhei com menos entusiasmo os jogos do Benfica, e como tal não me recordo de muitos pormenores dessa partida, que foi um autêntico bater no fundo.
Ao longo desses anos o Benfica foi coleccionando lugares medianos no campeonato nacional – recordo-me de ficar em sexto, em quarto – enquanto Porto, mas também Sporting, com uma jovem e renascida equipa e Sanjoanense faziam figura.
Terão sido também esses os anos em que o hóquei foi ficando afastado da rádio e a pouco e pouco perdendo o seu estatuto de claro número dois do panorama desportivo português, fruto também da competição movida pelo Basquetebol, no qual o Benfica aliás estava por essa altura a construir uma equipa que faria furor até na Europa (na qual se incluíam José Carlos Guimarães, Carlos Lisboa, Mike Plowden, Jean Jacques, Steve Rocha e Henrique Vieira).
Também a nível de selecções a década de oitenta – entendida no pós Mundial de Barcelos – não foi muito proveitosa, pois só em 1989 a equipa nacional conquistou um título europeu – vindo apenas a recuperar a ceptro mundial no Porto em 1991, num torneio atípico em que não teve de defrontar nem Espanha, nem Argentina nem Itália, acabando por vencer a Holanda na final por 7-1.
Em 1985 Barcelos voltou a assistir a um torneio internacional, desta vez um Europeu, que todavia não foi vencido por Portugal. A cidade minhota era por esta altura uma verdadeira talismã para os seleccionados lusos, pois foram lá disputados e ganhos o Europeu de Juniores de 1980 (que representou o despontar de Vítor Hugo, numa equipa da qual faziam também parte Serra, João Rodrigues e Domingos Carvalho) e sobretudo o Mundial de Seniores em 1982, que já tive oportunidade de recordar neste espaço.
Esse Europeu foi uma enorme decepção, e a final resultou num espectáculo deprimente, com o público a arremessar objectos para cima dos vencedores jogadores espanhóis – recordo a grotesca imagem de Vila Puig todo encolhido dentro da baliza para se proteger -, mas a ele conto voltar num próxima edição desta rubrica de recordações, eventualmente com uma fotografia da equipa portuguesa que irei tentar encontrar numa publicação que permanece perdida algures na minha casa.

25.1.07

OBVIAMENTE, DEMITAM-SE !

O que se passou em Oliveira de Azeméis envergonha a modalidade e envergonha o país.
O Portosantense, com vários jogadores suspensos pela federação, decidiu protestar, provavelmente com alguma razão, apresentando uma equipa com apenas 3 jogadores de campo, juniores e juvenis. Perdeu 63-0 (!!!!), resultado record no campeonato nacional.
Quando digo desconfiar que o conjunto madeirense talvez tenha tido razão, faço-o menos por conhecer o caso concreto, mas mais por conhecer a federação que temos, e por analogia com outros casos que ocorreram no passado recente. Esta federação está de facto a matar o Hóquei português, parecendo apenas empenhada em garantir títulos para o clube que (cada vez menos)encapotadamente protege.
Para quem gosta de hóquei, é triste constatar mais uma vez para onde estes senhores o têm levado, e de onde o vai ser difícil tirar: da lama !
Entretanto em Fânzeres, sem qualquer transmissão televisiva ou radiofónica - como a federação parece gostar que aconteça, quem sabe para ocultar do grande público aquilo que por vezes se passa nos pavilhões, não seja o caso de alguém atirar um petardo para dentro do ringue – o Benfica arrancou uma igualdade a um golo. Reinaldo Ventura abriu o activo ainda na primeira parte, enquanto Tó Silva restabeleceu a igualdade a dois minutos do fim, num golpe de felicidade que segundo rezam as crónicas castigou a atitude demasiado prudente do F.C.Porto.
Com o novo modelo competitivo, e dada a classificação actual, qualquer que fosse o resultado pouco acrescentaria às hipóteses de cada um dos emblemas. Ainda assim clássico é clássico, e nessa perspectiva Carlos Dantas terá mais motivos para se sentir feliz. Esta temporada em três embates entre Dragões e Águias, três empates a um golo. Como será no playoff ?
Destaque por fim para a vitória do O.Barcelos nos Açores perante o difícil Candelária. A equipa minhota cimenta assim o seu terceiro lugar, na luta com a Oliveirense pela única posição que permanece em aberto entre os seis primeiros.
No próximo fim-de-semana mais uma jornada. O Hóquei vai ...sobrevivendo.

18.1.07

GOSTAR DE HÓQUEI (9) - António Livramento

O "Mago" António Livramento, aqui em acção frente ao Oeiras já com a camisola do Sporting. Lamentavelmente não me recordo dele no meu Benfica, mas nem por isso deixei de o admirar, como o melhor hoquista que alguma vez vi jogar.
Sporting-Oeiras era um clássico dos anos 70. Recordo que por exemplo em 1977, o Sporting venceu a Taça dos Campeões e o Oeiras (com Saraiva, Vítor Rosado, José Rosado, Carvalho e Salema) conquistou a Taça das Taças, feito que aliás repetiria nos dois anos seguintes.

MISTER

Veja aqui as respostas de Carlos Dantas a perguntas dos leitores do Sportugal.

15.1.07

A JORNADA EUROPEIA

Com uma agradável exibição, mesmo depois de se ter visto em desvantagem, o penta-campeão nacional F.C.Porto venceu o Réus por 4-1 na 3ª jornada da Liga Europeia, posicionando-se no topo da classificação do seu grupo.
Depois de uma primeira parte dividida, os dragões arrancaram para um segundo tempo muito bem conseguido, arrasando por completo a experiente equipa catalã. Destaque para o jovem argentino Emanuel Garcia, autor de dois grandes golos e de uma exibição muito conseguida.
Na próxima ronda o F.C.Porto desloca-se a Itália para defrontar o Bassano, e em caso de vitória fica a um pequeno passo do apuramento.
O Óquei de Barcelos por seu turno viajou até Barcelona, perdendo no Palau Blau Grana por 6-2, mas mantendo de pé todas as suas hipóteses de qualificação para a Final Four da prova. Os minhotos, viram-se privados de alguns jogadores influentes (sobretudo o jovem internacional Tiago Rafael), pelo que a derrota se afigura como perfeitamente natural.
O Óquei irá também a Itália no próximo dia 27 para defrontar o Prato, numa jornada que poderá definir algumas coisas no tocante a classificação deste grupo (o Vic recebe o Barcelona no outro jogo).

Entretanto, no campeonato português o Benfica venceu em Sintra por 0-2 com mais dois golos de Tó Silva, e cimentou ainda mais a sua segunda posição na tabela. Os play-offs vão seguramente trazer emoções fortes lá para Maio ou Junho, mas é um modelo competitivo que torna a maior parte da temporada muito pouco apelativa. Nada parece poder acontecer que altere muito a classificação dos primeiros, e sem televisão o campeonato torna-se triste.

13.1.07

O REGRESSO DA EUROPA

No dia em que F.C.Porto e Óquei de Barcelos têm importantes compromissos europeus respectivamente perante Réus (em casa) e Barcelona (fora), importa relembrar o brilhante palmarés que estes dois emblemas têm na competição máxima de clubes do hóquei patinado europeu.
Os Dragões já foram 2 vezes campeões europeus (1986 e 1990), marcando presença em 9 finais da prova (perdendo 7 portanto). Disputaram 135 jogos e venceram 88, empatando 16 e perdendo 38. Marcaram na Taça/Liga dos Campeões 727 golos e sofreram 403.
A equipa minhota por seu turno foi campeã europeia em 1991, disputando mais 2 finais. Realizou ao todo 79 jogos vencendo 45, empatando 9 e perdendo 25. O Óquei marcou na prova 437 golos e sofreu 258.
Recorde-se que o Sporting também foi campeão europeu (em 1976), e o Benfica foi a 5 finais, perdendo-as todas. O Desportivo de Lourenço Marques disputou a final de 1974.
Valongo, Oliveirense, Paço de Arcos e Juventude de Viana foram as outras equipas lusas que marcaram presença nesta competição desde que ela foi criada em 1966.
O Benfica conseguiu a maior goleada das equipas portuguesas nesta prova, batendo por 36-1 a modesta equipa do VRC em 2002.

Já agora lembra-se também que perante os adversários de hoje o palmarés é o seguinte: O Óquei de Barcelos jogou com o Barcelona 6 vezes e apenas alcançou uma vitória (em 2002). O F.C.Porto por sua vez enfrentou o Réus em 7 ocasiões vencendo 4, empatando 1 e perdendo em 2 .
Resta então desejar boa sorte às equipas do nosso país.

12.1.07

GOSTAR DE HÓQUEI (8) - Taça das Taças de 1983

À medida que o campeonato nacional vai prosseguindo sem novidades de maior (aguardemos pelo play-off para viver as grandes emoções), aproveito para partilhar mais algumas recordações com os leitores. Desta vez viajemos no tempo até há 24 anos atrás.
Uma das derrotas mais amargas de que tenho memória enquanto adepto de hóquei em patins foi a da final da Taça dos Vencedores das Taças de 1983, quando o Benfica perdeu em pleno pavilhão da Luz a possibilidade de conquistar o seu primeiro troféu europeu da modalidade – apenas alguns anos mais tarde venceria a Taça CERS -, e logo frente ao F.C.Porto, detentor do troféu e que participava nessa ocasião justamente na segunda final internacional da sua história em todas as modalidades – só mais tarde viria a ser campeão europeu de futebol e hóquei.
O Benfica perdera o título nacional da época anterior (81-82) para o Sporting, terminando com os mesmos pontos do rival, após ter sido tri-campeão entre 78 e 81. A equipa sentira a saída do guarda-redes e capitão António Ramalhete para os leões (foi substituído por António Fernandes que nunca o fez esquecer), e a performance da estrela Cristiano Pereira, chegado do F.C.Porto em 1981, estava longe de corresponder às expectativas. Ainda não se sabia mas tratava-se do fim de um ciclo…e do início de um outro, portista, de grandes e múltiplas vitórias.
Na temporada de 1982-83 o Benfica contava com os seguintes jogadores: António Fernandes, Chambel, José Carlos, Fernando Pereira, Cristiano, Leste, Picas e Piruças. Na temporada seguinte dar-se-ia uma razia, com a saída de quase todos eles, quatro dos quais para o Dramático de Cascais que contava com dinheiro de um empresário de sucesso para a construção de uma equipa campeã – nunca o viria a ser.
O F.C.Porto, que nessa temporada conquistaria também o seu primeiro título nacional na modalidade, tinha uma equipa muito jovem e valiosa que iria dominar o hóquei nacional na década seguinte. Domingos, Alves, Fanã, Vítor Hugo e Vítor Bruno constituíam o cinco base, que foi depois reforçado com Franquelim e Realista.
Na Taça das Taças desse ano o Benfica desembaraçou-se facilmente do Fontenay (15-4 e 9-3) e do Den Haag (9-2 e 3-2) que havia eliminado o Follónica. Os dragões por seu turno venceram o Vevey (9-3 e 5-1) e o difícil Liceo da Corunha nas meias finais (6-2 e 4-5). Encontravam-se assim na final, o F.C.Porto pelo segundo ano consecutivo depois de ter conquistado o seu primeiro troféu no ano anterior, e o Benfica, finalista da Taça dos Campeões de 1973 e 1980, mas sem grande historial na Taça das Taças, que Oeiras por três vezes (nas três primeiras edições) e Sporting também já haviam conquistado. Depois do 2-2 no pavilhão das Antas na primeira mão, os encarnados tinham tudo para conquistar o troféu.
Num sábado à noite, com o antigo pavilhão da Luz a rebentar pelas costuras, e com transmissão televisiva pelo canal 2 da RTP (julgo ter sido o primeiro jogo do Benfica que vi na televisão), o Benfica entrou de rompante, e já na segunda parte chegou a 4-1, parecendo ter ao triunfo na mão. O ambiente era de festa total, mas a verdade é que o F.C.Porto de forma fria e cruel foi reduzindo distâncias, acabando por empatar a quatro golos já nos últimos segundos do tempo regulamentar. Seguiu-se o prolongamento, com o Benfica incessantemente à procura do golo mas sem ser feliz, e o F.C.Porto a procurar surpreender em contra-ataque. Não houve mais golos e tudo se decidiria no desempate por grandes penalidades.
Mais uma vez o Benfica esteve em vantagem, concretizando uma das primeiras penalidades. Mas o dia era do F.C.Porto, que marcando por duas vezes, suponho que ambas pelo especialista Fana, arrecadou a Taça perante o silêncio sepulcral (e certamente algumas lágrimas) de todo o pavilhão e de toda a nação benfiquista.
Foi com grande dor que tive de aceitar esta dramática derrota, num dos mais intensos momentos de hóquei que vivi desde sempre.

23.12.06

BOAS FESTAS

VEDETA DO HÓQUEI deseja Festas Felizes e um Excelente 2007 a todos os leitores.

GOSTAR DE HÓQUEI (7) - Equipa Maravilha

Apesar de ser benfiquista, esta é a primeira equipa de hóquei que me recordo: Sporting campeão europeu 1977 (Rendeiro, Livramento, Ramalhete, Chana e Sobrinho).
O primeiro jogo de hóquei que vi (na televisão, e a preto e branco) foi a 1ª mão da final dessa Taça dos Campeões: Sporting-Villanueva 6-0.

21.12.06

NATAL AMARGO NA LUZ

Depois de uma série de bons resultados, nada fazia prever a derrota caseira do Benfica frente ao Óquei de Barcelos.
Os encarnados cedo se viram em vantagem com um golos de Tó Silva, mas a partir daí os minhotos mostraram-se superiores e justificaram a vitória. Ao intervalo já haviam dado a volta ao resultado.
No segundo tempo o Benfica reagiu mas acabou por sofrer o terceiro golo contra a corrente do jogo, o que foi um golpe demasiado duro para a equipa de Carlos Dantas.
Pedro Afonso ainda reduziu, mas apesar da pressão final o resultado não sofreu mais alterações.
O Benfica mantém todavia o segundo lugar, ficando no entanto agora mais distante do líder F.C.Porto, que vencendo a Oliveirense cimentou ainda mais a sua liderança, a qual contudo, em ano de play-offs, pode não significar mais do que uma vantagem relativa para a fase decisiva da competição.
A equipa de Barcelos está em terceiro lugar.

18.12.06

FIM DE SEMANA EUROPEU

Enquanto o campeonato nacional prossegue em velocidade de cruzeiro, com o F.C.Porto firme no primeiro lugar e o Benfica no segundo, teve lugar este fim-de-semana mais uma jornada da Liga dos Campeões.
Os portistas venceram categoricamente em Itália o campeão europeu por 6-7, depois de uma primeira parte que terminou com um impressionante 0-6. Mesmo sem Pedro Gil a equipa de Franquelim Pais conseguiu posicionar-se de novo na luta por uma classificação para a "final four", e se vencer o Réus pode até assumir o comando do grupo na próxima jornada.
Menos feliz foi o Óquei de Barcelos, que depois de uma vitória em casa perante o Prato não conseguiu evitar a derrota na Catalunha frente ao Vic po 4-0. Na próxima jornada os minhotos jogam frente ao Barcelona uma cartada muito importante na corrida ao apuramento.
Na próxima quarta feira na Luz disputa-se um palpitante Benfica-Óquei de Barcelos, clássico recheado de história, que pode cimentar o segundo lugar do Benfica ou por outro lado equilibrar os posicionamentos na perseguição ao incontestado lider F.C.Porto.

3.12.06

SORTES DIFERENTES

Com honras de transmissão televisiva, o F.C.Porto confirmou mais uma vez a sua infelicidade europeia, perdendo em Fânzeres com os italianos do Bassano por 1-2 na abertura da fasse de grupos da Liga dos Campeões. A equipa transalpina, onde actuam os portugueses Luís Viana e Ricardo Pereira, já vencia ao intervalo por 0-1, fazendo depois o 0-2 por intermédio do mesmo jogador, o veterano capitão Dário Frigo. Depois de falhar um livre directo e uma grande penalidade, a equipa portista reduziu pelo jovem Pedro Moreira, mas embora pressionasse muito até final o guardião Cunegatti opôs-se sempre com mestria a todas as tentativas dos dragões, garantindo assim a vitória para a sua equipa.
Num grupo dificílimo, o F.C.Porto entrou com o pé esquerdo na competição.
Entretanto no outro grupo o Óquei de Barcelos venceu brilhantemente o Prato também de Itália por 4-2, confirmando que está na competição para chegar à final four.

PORTO SEGURO

A nota mais relevante da jornada de quarta feira foi a vitória arrancada a ferros do F.C.Porto em Barcelos, onde só marcou o golo decisivo a 20 segundos do final por intermédio de Reinaldo Ventura. Os portistas mantém assim a liderança destacada da prova.
Quem aproveitou para se isolar no segundo posto foi o Benfica, que venceu em casa o Valongo por 5-1. Marcaram Tó Silva (3), Vítor Hugo e Carlitos.

27.11.06

CATEGÓRICO !

O Benfica goleou a Oliveirense em sua própria casa por 1-4, mantendo-se assim na primeira linha de perseguição ao penta-campeão F.C.Porto.
Ao intervalo já os lisboetas venciam por 0-2 com golos do seu capitão Mariano Velasquez.
No segundo período os da casa reduziram, mas de pronto o Benfica afirmou a sua supremacia no jogo, e com golos de Valter Neves e Ricardo Barreiros fechou o resultado.
F.C.Porto e Barcelos também venceram, pelo que este trio permanece na frente do campeonato.
A Oliveirense com esta derrota afastou-se dos primeiros lugares.
Na quarta feira mais uma jornada com o Benfica a receber o Valongo ao mesmo tempo que se disputa um palpitante Óquei de Barcelos-F.C.Porto. Será a oportunidade para os benfiquistas se aproximarem do primeiro lugar, ou pelo menos se isolarem no segundo.
No sábado inicia-se a Liga dos Campeões, este ano, infelizmente, sem o Benfica.

19.11.06

SEM HISTÓRIA

Vitória por 3-1 com exibição desinspirada do Benfica na Luz perante o Gulpilhares.
Barreiros, Vítor Hugo e Tó Silva (este nos últimos segundos da partida) marcaram os golos.
Na jornada internacional, a Juventude de Viana ficou , como se esperava, pelo caminho, limpando todavia a sua honra com uma vitória sobre os campeões europeus.
À hora em que escrevo não conheço os resultados de F.C.Porto e Óquei de Barcelos, mas face aos números da primeira mão, e tendo em conta a fragilidade dos adversários, não parece haver motivo para grandes preocupações quanto à sua qualificação de ambos os conjuntos para a fase de grupos.

16.11.06

ARRANCADO A FERROS

O Benfica venceu na difícil deslocação a Viana do Castelo o europeu Juventude de Viana por 1-2. O inevitável Tó Silva e Carlitos (de regresso a uma casa que bem conhece) marcaram os golos que colcaram os encarnados em vantagem (0-1 ao intervalo), para depois os da casa reduzirem.
Ao que se diz, o resultado terá sido algo injusto, tendo os golos sido obtidos contra a corrente do jogo. Com justiça ou injustiça, o que é certo é que os pupilos de Carlos Dantas somaram os três pontos, mantendo-se em terceiro lugar no campeonato nacional atrás de F.C.Porto e Oliveirense que também venceram nesta jornada, tal como o Óquei de Barcelos.

12.11.06

EQUILÍBRIO

Não foi um grande espectáculo, nenhuma das equipas venceu, mas bem se pode dizer que o Hóquei em Patins está de parabéns pelo Benfica-F.C.Porto de ontem.
Na verdade o regresso da modalidade aos ecrãs de televisão representa uma enorme vitória para a modalidade, e uma grande alegria para todos os que dela tanto gostam.
Terá sido a empresa que organizou o Mundial de clubes a conseguir o acordo com a RTP, e só esperamos é que não se trate de um caso isolado, mas sim do regresso a uma era em que o Hóquei era espectáculo televisivo semanal.
Como já disse, foi pena que o jogo não tenha feito muito por merecer a ocasião. O F.C.Porto desfalcado de Pedro Gil foi sempre uma equipa demasiado cautelosa, e o Benfica mostrou que ainda tem muito trabalho pela frente para chegar aos play-offs em condições de bater o pé aos dragões.
Os encarnados entraram muito bem, e em poucos minutos Valter Neves atirou à barra da baliza de Edo Bosch, para pouco depois Tó Silva bater o guardião espanhol naquele que seria o único golo do Benfica no jogo. Suspeitou-se na altura que a equipa da casa pudesse partir para um resultado semelhante ao da primeira fase da temporada passada, quando venceu claramente por 6-2 o seu grande rival.
Com o decorrer do tempo o Benfica foi adormecendo à sombra da vantagem, enquanto que o F.C.Porto foi esperando friamente a sua oportunidade, que acabaria por surgir já na segunda parte, num lance em que o jovem internacional Pedro Moreira concretizou o tento do empate.
A partir daí foi o Benfica que mais procurou a vitória, mas deparou sempre com uma barreira muito bem urdida por Franklim Pais, que foi inviabilizando o golo, mau grado as inúmeras tentativas, sobretudo a partir do stick do infeliz Ricardo Barreiros.
A vinte segundos do fim o Benfica dispôs de uma oportunidade de ouro para resolver a contenda a seu favor, quando os árbitros assinalaram um livre directo, que todavia Tó Silva, melhor marcador do campeonato, não conseguiu concretizar. No lance seguinte ficou no ar a polémica de a partida terminar após uma falta duríssima sobre o mesmo Tó Silva, que eventualmente valeria outro livre directo. Muita confusão à entrada dos balneários, o que já vai sendo habitual nestes duelos.
No global poder-se-á dizer que o resultado se ajusta, pois entre a irreverência do Benfica e a frieza do F.C.Porto o equilíbrio acabou por se fazer valer.
O Benfica segue assim em terceiro lugar a cinco pontos dos nortenhos.
Marcadores do Benfica até agora: Tó Silva 12 golos, Barreiros 7, Mariano 5, Valter 3, Carlitos 2 e Vítro Hugo 1

7.11.06

SEM SURPRESAS

As equipas portuguesas fizeram aquilo que delas se esperava na pré-eliminatória da Liga dos Campeões. F.C.Porto e O.C.Barcelos tomaram vantagem perante adversários acessíveis, enquanto a Juventude de Viana cedeu uma derrota pesada com o campeão em título Follónica.
Para o campeonato nacional o Benfica venceu em Cambra facilmente por 2-6 com golos de Tó Silva (2), Barreiros (2), Valter Neves e Mariano.
No próximo sábado, pelas 17.00 h no Pavilhão Açoreana joga-se o clássico dos clássicos: Benfica-F.C.Porto. Será uma boa oportunidade para a equipa de Carlos Dantas afirmar a sua real candidatura ao título. Espera-se um pavilhão bem composto, e só é pena que a televisão não possa transmitir o espectáculo para todo um país que tanto ama a modalidade, e em virtude da incúria de alguns dela se vê injustamente privado.

NOTA: Não foi possível fazer em tempo útil o comentário do Benfica-H.Sintra, no qual tive oportunidade de estar presente. Uma vez que já passou algum tempo, e não maçando muito os leitores, direi apenas que se tratou de uma vitória fácil dos encarnados, que rapidamente chegaram a 5-0. No início da segunda parte, dois golos consecutivos e mais uma oportunidade clara, deram ao Sintra a esperança de poder alterar o rumo dos acentecimentos, mas era de facto uma fase mais facilitada pelos da Luz do que de grande afirmação dos sintrenses, mergulhados numa crise interna que lhes tem afectado as performances competitivas. O Benfica voltou a tomar conta do jogo, marcando mais cinco golos, e acentuando o clima de festa que se fazia sentir, dada a vitória do futebol frente so Celtic de Glasgow minutos antes alí mesmo ao lado. Autores dos golos: Tó Silva 4 (grande figura da partida), Barreiros 2, Mariano 2, Valter e Carlitos.

30.10.06

PRIMEIRA DERROTA

O Benfica não conseguiu pontuar na difícil deslocação a Porto Santo, perdendo por 3-1 e afastando-se ainda mais do F.C.Porto na luta pelo primeiro lugar da fase regular do campeonato nacional da 1ª divisão.
Tó Silva marcou o único golo dos encarnados, estabelecendo na altura o empate a um. Depois a equipa de Carlos Dantas não resistiu aos insulares, que com mais dois golos fixaram o resultado.
O F.C.Porto teve enormes dificuldades na deslocação a Torres Vedras, onde a cinco minutos do final estava a perder por 3-2. Os portistas conseguiram no entanto dar a volta à situação, e permanecem invictos na liderança da tabela.
Na próxima quarta-feira disputa-se mais uma jornada, e VEDETA DO HÓQUEI espera marcar presença no Benfica-H.C.Sintra, disputado imediatamente a seguir ao Benfica-Celtic em futebol, mas por razões logisticas só de hoje a uma semana será possível publicar o comentário.
Até lá, bom hóquei !

23.10.06

VITÓRIA JUSTA NUM FRACO ESPECTÁCULO

Não tendo podido estar no primeiro jogo frente à Física de Torres, foi com natural expectativa que me dirigi ao Pavilhão Açoreana para presenciar o Benfica-Paço de Arcos da terceira ronda do campeonato nacional.
O jogo não foi brilhante, apresentando características típicas de início de época, sobretudo de uma época marcada pela implementação de um modelo em Play-Off, o que naturalmente se traduz num maior resgaurdar das equipas nesta primeira fase.
O Benfica, com Carlos Silva, Valter Neves, Mariano, Tó Silva e Barreiros no cinco inicial, apresentou-se algo falho de imaginação, acabando por ser a equipa da linha a marcar primeiro por intermédio de Gonçalo Suissas, o seu jogador mais influente. Os encarnados reagiram empatando pouco depois num belo remate cruzado de Mariano Velásquez. Perto do final da primeira parte Carlos Martins numa violenta stickada do meio da rua bateu pela segunda vez o excelente guardião pacense, estabelecendo o resultado ao intervalo.
Tudo parecia encaminhado para uma vitória tranquila dos encarnados, mas o segundo tempo ainda trouxe alguns sustos aos muitos espectadores presentes.
Depois de num lance extremamente confuso Ricardo Barreiros ter elevado para 3-1, Suissas voltou a reduzir, seguindo-se uma fase de algum entusiasmo do Paço de Arcos em busca de uma igualdade que por mais de uma vez esteve perto de acontecer – inclusivamente através de um livre directo falhado.
Seria em lance de contra-ataque que Barreiros conseguiria bisar e tranquilizar os benfiquistas, para já na ponta final o mesmo jogador desperdiçar uma grande penalidade, naquele que acabou por ser o melhor período dos da casa.
Em termos individuais foi naturalmente Ricardo Barreiros o homem do jogo, ao marcar os dois decisivos golos da segunda parte.
Destaque também para a má arbitragem, mostrando muitos cartões – à semelhança do que aconteceu no futebol, aliás – e prejudicando mais o Benfica (cartões azuis para Tó Silva e Carlos Martins).
No final 4-2, curiosamente à semelhança dos resultados obtidos pelos outros candidatos ao título F.C.Porto e Barcelos.
O Benfica está agora com 7 pontos, 12 golos marcados e 5 sofridos. Tó Silva com 4 golos continua a ser o melhor marcador benfiquista, seguindo-se agora Barreiros com 3 e Mariano com 2. Valter Neves, Carlitos e Vítor Hugo têm um golo cada.

18.10.06

SEGUE O CAMPEONATO

No passado fim de semana decorreu a segunda jornada do campeonato nacional. O prato forte era o clássico Óquei de Barcelos-Benfica, que constituía uma boa oportunidade para aquilatar do potencial das duas equipas, em particular o Benfica, muito reforçado para esta temporada.
Um empate em Barcelos é sempre um bom resultado - atendendo à marcha do marcador o espectáculo também não terá sido mau -, e como tal parece não haver motivos para os pupilos de Carlos Dantas chorarem esta deslocação. Apesar da vitória do F.C.Porto em Oliveira de Azeméis, e do consequente avanço na tabela classificativa, a procissão ainda vai no adro, e mais a mais este ano em que o figurino da competição prevê um decisivo play-off final.
Pelo que se percebe, o jogador do Benfica mais em foco neste início de temporada, está a ser o ex-barcelense Tó Silva, já não muito jovem, mas ainda com a veia goleadora bem activa - leva já 4 golos em dois jogos para o campeonato.
Pode verificar aqui o que aconteceu no jogo de sábado, relatado por quem lá esteve.
Fica desde já prometida presença de VEDETA DO HÓQUEI no próximo sábado no Pavilhão Açoreana para outro, poderei também chamar-lhe assim, clássico do hóquei português: Benfica-Paço de Arcos.
Carlos Silva, Valter Neves, Pedro Afonso e Ricardo Barreiros defrontam mais uma vez o clube que os formou, o que constitui mais um aperitivo para esta partida.
Para já a equipa encarnada segue com 4 pontos em 2 jogos e 8-3 em golos - marcadores: Tó Silva 4, Ricardo Barreiros, Valter Neves, Vítor Hugo e Mariano 1 golo apontado.

13.10.06

APELO

Alguém se recorda de um jogo de Hóquei em Patins para crianças comercializado nos anos 80, com um tabuleiro que se lubrificava com óleo, e jogadores com esferas na base ?
Se alguém o tiver e esteja disposto a vendê-lo, eu estarei interessado.

INÍCIO NORMAL

O Benfica ganhou facilmente ao Física de Torres na abertura do campeonato nacional. 5-0 foi o resultado.
A total ausência de imagens televisivas e radiofónicas, bem como a impossibilidade de presença no pavilhão (em dias de semana é-me complicado lá puder estar), impedem-me de me alongar muito no comentário.
Fica prometida presença no Benfica-Paço de Arcos do próximo dia 21, no âmbito do qual me poderei então pronunciar em maior profundidade sobre a nova equipa do Benfica.
Noutro jogo desta jornada o F.C.Porto repetiu a vitória da supertaça e bateu o Juventude de Viana por 4-1.
Amanhã temos um Óquei de Barcelos-Benfica, infelizmente também arredado do espaço mediático.
Estamos nisto...

9.10.06

NÃO DEIXAR MORRER O HÓQUEI

Teve início neste fim-de-semana a temporada nacional de 2006-2007.
Após um defeso marcado por derrotas a toda a linha do hóquei nacional, quer na selecção principal quer nas camadas mais jovens, para além de um mundial de clubes muito pouco conseguido pelas equipas portuguesas, também o início das competições nacionais não deixa antever grandes perspectivas para a época que agora se inicia.
Consequências do Mundial ou não, a verdade é que o campeonato começou a conta-gotas, quase sem se dar por ele, com dois jogos neste fim-de-semana e o resto da jornada na próxima quarta-feira. Não se percebe o porquê de a jornada ter coincidido com a supertaça, deixando desde logo obrigatoriamente jogos em atraso.
A Supertaça, ganha pelo F.C.Porto (4-2 à Juventude de Viana) ficou ela própria marcada por vários episódios de completo amadorismo por parte das estruturas federativas, desde o inqualificável esquecimento a que foi votado António Livramento – fez incomparavelmente mais pelo hóquei que todos os dirigentes da federação juntos -, até à ausência de representantes aquando da chegada das equipas, o que originou uma série de problemas logísticos dignos de uma qualquer futebolada entre amigos.
Pior que isso, o facto de não ter sido objecto de qualquer transmissão televisiva indicia que essa será mais uma vez a regra para a nova temporada, o que vai fazer com que o hóquei se afunde ainda mais face a outras modalidades, em crescendo no plano mediático, e logo, no número de adeptos que arrastam, nomeadamente entre os mais jovens.
É tempo de esta federação dar lugar a outra, pois se muito se fala nos problemas do futebol os do hóquei não serão menos graves, com a diferença de que neste, o perigo de ruína absoluta é real.
O hóquei, desde que os tempos da rádio passaram à história – nos quais quase disputava terreno ao futebol - e a televisão iniciou o seu reinado, sentiu-se fortemente do facto de não ser um espectáculo televisivo tão conseguido como outras modalidades, tais como futsal, basquete ou volei sem falar no próprio futebol. Uma bola muito pequena e alguma dificuldade em ver os golos terão contribuído para isso, e a verdade é que nunca ninguém se preocupou com tal, por exemplo impedindo a publicidade escrita nos pisos ou procurando novas cores para a bola.
Apesar de tudo, as transmissões foram sendo feitas e a modalidade foi mantendo um nicho de adeptos, cada vez menos é certo, mas suficientes para, com maior ou menor dificuldade, a sustentar.
Ao não ceder nas negociações com as estações televisivas – pagando da mesma forma como fazem as restantes federações – a FPP está a liquidar esse nicho de adeptos, assassinando a modalidade, pois o campeonato já de si está cada vez mais concentrado numa só região do país (muito longe da dimensão geográfica, populacional, cultural e económica da Catalunha), e à maior fatia da população nacional fica dessa forma vedada a possibilidade de ver hóquei de primeira divisão.
Veremos se ainda há tempo para solucionar este decisivo aspecto, mas pelo que se tem visto a esperança é muito pouca.
Assim sendo, ser adepto de hóquei em Portugal cada vez mais se assemelha a acompanhar um defunto até ao seu enterro.

2.10.06

SEM HONRA NEM GLÓRIA

Conforme a primeira jornada havia feito suspeitar, as equipas portuguesas quedaram-se pelos últimos lugares na fase final do 1º Mundial de Clubes.
O único ponto conseguido foi o do empate entre elas num jogo que, embora bem disputado, representou o adeus ao título de ambos.
Se de um Benfica ainda em construção e com algumas peças novas na equipa se poderia esperar alguma oscilação perante adversários como Réus e Bassano, já o F.C.Porto constituiu a grande surpresa, pela negativa, deste torneio.
A sua derrota por 0-6 frente aos espanhóis foi chocante, sobretudo pelos números, mas já frente ao Bassano o F.C.Porto se exibira de forma bastante apática. Pedro Gil está muito longe da sua melhor forma, bem como a maioria dos jogadores azuis e brancos.
Talvez o facto de o modelo competitivo apontar este ano para um decisivo play-off final tenha condicionado a preparação das equipas portuguesas, mas a verdade é que play-off também o há em Espanha e Itália.
Veremos ao longo da temporada se esta quebra do F.C.Porto pode significar o fim do ciclo de títulos nacionais, ou se pelo contrário, é meramente acidental e teremos o F.C.Porto novamente campeão e à procura do título europeu que há tanto persegue.
Para o Benfica encerrou-se aqui a temporada internacional, e tem agora pela frente uma temporada em que Carlos Dantas procurará preparar a equipa de modo a surgir no play-off em condições de desafiar o título aos portistas. Matéria-prima não lhe falta.
Para os portugueses este Mundial não vai ficar na história, o que é pena, até porque os angolanos – muitos deles adeptos de Porto e Benfica – bem mereceriam festejar o título de uma competição que tão bem organizaram.
O Bassano torna-se assim campeão do mundo na época de ouro dos clubes italianos, pois o Follónica já se havia sagrado em Torres Novas campeão europeu, dando assim o primeiro título ao seu país.

29.9.06

MALDIÇÕES

Aconteceu aquilo que se temia.
O Benfica foi claramente derrotado pelo Réus (1-3) exibindo um hóquei demasiado curto para a experiente equipa espanhola. Ao longo de todo o jogo, deu sempre a sensação de que o resultado poderia chegar a números até bem mais expressivos, tal a superioridade dos catalães.
Carlos Dantas vai ter muito trabalho pela frente se quiser fazer desta equipa campeã nacional – como é objectivo do clube -, tendo-se agora percebido de forma mais cabal porque é que a direcção encarnada optou por se auto-excluir da Liga dos Campeões. Os jogadores são individualmente bons, mas a equipa não funciona minimamente, como já se havia visto na primeira jornada frente ao Petro de Luanda, o que foi disfarçado depois pela fragilidade dos brasileiros do Sertãozinho.
Já antes o F.C.Porto, rei e senhor das provas nacionais, havia confirmado a sua maldição internacional sendo derrotado pelo Bassano de Ricardo Pereira e Luís Viana. É impressionante como este F.C.Porto, tão afirmativo a nível nacional, tem somado decepções internacionais na última década, com várias finais perdidas, derrotas caseiras inesperadas, em que quase sempre acontece qualquer coisa a perturbar a equipa.
Assim sendo, as equipas portuguesas, que hoje se defrontam, ficam agora em muito maus lençóis face a esta competição, o que me faz interrogar sobre o caminho que o hóquei luso tem levado nos últimos tempos.
Nos últimos oito anos, em todas as competições seniores de clubes e selecções (contas por alto, umas 25 provas !), apenas o título de Oliveira de Azeméis em 2003, e o Paço de Arcos vencedor da CERS, encobriram uma realidade cada vez mais nebulosa, no país que mais ama a modalidade. As derrotas têm-se sucedido, e cada vez dá a sensação de ser mais complicado aos portugueses vencerem espanhóis e italianos.
Se juntarmos a isto um campeonato regionalmente cada vez mais localizado, a falta de mediatismo dada às competições nacionais (sem televisão, sem rádio e com cada vez menos cobertura pelos jornais) e a consequente falta de público nos pavilhões, perante o silêncio e a paralisia do poder federativo, julgo haver razões fortes para temer o futuro desta nossa tão querida modalidade, que tem hoje a concorrência de um Futsal cada vez mais pujante e popular, de um Basquetebol com outra visibilidade internacional e de um Voleibol em crescendo.
Nunca um Benfica-F.C.Porto terá sido um autêntico “jogo dos tristes” como será o de hoje. Veremos se ao menos proporcionam um bom espectáculo.

28.9.06

AGORA É A SÉRIO

Inicia-se hoje a fase decisiva do Mundial de clubes. O Benfica defronta o Réus (jogo às 21.30 e não às 20.00 como havia sido anunciado), e o F.C.Porto joga com o Bassano (este sim às 20.00).
Na sexta-feira teremos Réus-Bassano (20.00) e o "derby" português F.C.Porto-Benfica (21.30), e finalmente no sábado jogarão Benfica-Bassano (18.00) e F.C.Porto-Réus (19.30).
As equipas portuguesas já todos conhecemos sobejamente. Nos espanhóis do Réus (uma das melhores equipas da actualidade) jogam Guillem Trabal, Luís Teixidó, Cabestany, Marc Gual e Jordi Garcia entre outros, enquanto que no Bassano de Itália, para além dos portugueses Ricardo Silva e Luís Viana, actuam ainda os internacionais Alberto Orlandi (ex F.C.Porto), Dario Rigo e o guarda-redes Massimo Cunegatti.
São estas as melhores equipas da prova, e uma delas sagrar-se-á campeã do mundo.
Fernando Fallé em entrevista a "O Jogo", aponta como favoritos F.C.Porto e Réus. A ver vamos.

27.9.06

ASSIM SIM !

Com uma exibição muito segura, e eficácia goleadora qb, o Benfica dizimou o Sertãozinho do Brasil, classificando-se para a fase final do Mundial de clubes, fazendo assim companhia ao F.C.Porto e ao Réus - faltando saber quem será o quarto apurado.
10-1 foi o resultado, com 4-0 ao intervalo.
Entretanto ontem o F.C.Porto havia vencido por 7-1 os argentinos do Olimpia San Juan, apurando-se também com facilidade.
Amanhã inicia-se a ronda decisiva, desde logo com um palpitante Benfica-Réus (RTPN 20.00 h).

25.9.06

DECEPCIONANTE

A primeira jornada do Mundial de clubes ficou longe de entusiasmar os portugueses.
Apesar das vitórias conseguidas por Benfica e F.C.Porto perante as equipas angolanas, as exibições produzidas, em especial pelo Benfica, não deixam antever grandes perspectivas para a competição, sobretudo quando, na fase final, encontrarem pela frente Bassano ou Réus.
O Benfica venceu tangencialmente (com um golo solitário de Mariano Velasquez na sequência de um livre directo), vendo-se aflito para manter a vantagem nos últimos instantes de jogo. Foi sempre uma equipa desinspirada e estática, com a maioria dos seus jogadores em estado de forma muito precário.
O F.C.Porto cumpriu a sua obrigação, não sendo tão marcadamente decepcionante como o Benfica, mas ficando longe do brilhantismo que sabemos estar ao seu alcance. 5-2 ao Juventude de Angola foi o resultado de uma partida que só perto do final ganhou o seu rumo definitivo, depois dos africanos terem reduzido de 0-3 para 2-3 no início da segunda parte.
Hoje folgam os encarnados, enquanto o F.C.Porto joga às 17.00 h (RTPN) frente ao Olimpia.

22.9.06

ANGOLA 2006

Inicia-se este domingo em Luanda o primeiro Mundial de Clubes.
Trata-se de uma competição que promete revestir-se de todo o interesse e curiosidade, quer pelo facto de englobar dois emblemas portugueses quer, no caso do Benfica, por se tratar da única competição internacional em que o clube participa esta época depois de ter desistido da Liga dos Campeões.
Ao portugueses Benfica e F.C.Porto juntam-se ainda as equipas do Réus (Espanha), Lodi e Bassano (Itália), Concepcion e Olímpia (Argentina), Petro Atlético e Juventude (Angola), Desportivo de Maputo (Moçambique), Estudantil (Chile) e Sertãozinho (Brasil). Estes doze conjuntos estarão divididos em quatro grupos de três.
Faltarão Barcelona, Liceo, Follonica e Barcelos para completar o lote das mais representativas equipas da modalidade, mas as que estão presentes serão seguramente suficientes para fazer deste torneio um grande momento para o Hóquei em Patins.
Bassano, Réus, F.C.Porto e Benfica são os principais favoritos ao título.
Os jogos das equipas portuguesas serão transmitidos pela RTP.
Assim teremos na primeira fase (horários a confirmar):
DOM, 17.00 Benfica-Petro Atlético
DOM, 21.30 F.C.Porto-Juventude
SEG, 17.00 F.C.Porto-Olimpia
TER, 17.00 Benfica-Sertãozinho
De quarta feira a sábado realiza-se a segunda e decisiva fase.

15.9.06

GOSTAR DE HÓQUEI (6) - O Mundial de Barcelos

Um momento determinante na minha paixão pelo hóquei foi sem sombra de dúvida o Mundial de 1982 em Barcelos, que culminou com a conquista do título pela selecção portuguesa, algo que eu então vivi pela primeira vez.
Toda essa prova foi fantástica, e teve em seu redor, além do título, dois outros factores que fizeram dela no meu ponto de vista uma competição mítica: o facto de ter sido muito longa, e de ter sido objecto de transmissão televisiva, numa altura em que se estava na alvorada da televisão a cores em Portugal.
De facto julgo ter-se tratado do Mundial mais longo de sempre, com duas fases sucessivas, a primeira ainda em Lisboa (no velhinho Pavilhão dos Desportos, agora baptizado de Carlos Lopes), e a segunda em Barcelos, mas ambas disputadas em sistema de poule o que fez com que cada selecção jogasse um elevadíssimo número de partidas (treze ? catorze ?) se compararmos com o que hoje acontece neste tipo de competição. Terão sido talvez umas quase três semanas de hóquei ao mais alto nível.
Por outro lado foi a primeira vez que tive oportunidade de ver as cores de um jogo de hóquei. Vivendo longe das principais cidades, nunca tinha até então entrado num pavilhão para ver uma partida ao vivo, pelo que vivia a paixão pela modalidade exclusivamente através de pequenas e raras fotografias de jornal, e um ou outro resumo na tv, para além naturalmente da rádio que era o veículo privilegiado dos amantes do hóquei patinado naqueles tempos. Neste Mundial (o primeiro a que assisti pela televisão) pude ver durante todos aqueles dias consecutivos a nossa selecção a despachar sucessivamente Itália, Argentina e Espanha, passando por todas as outras selecções presentes, à excepção da Holanda com quem não fomos além do empate a dois.
Os jogos de Portugal fechavam invariavelmente as jornadas e disputavam-se já bem tarde, pelo menos para os meus doze anos. Iniciava-se quase sempre já depois das 23.30 h, terminando já depois da 01.00 h. Mesmo assim não perdi um único.
O único jogo não televisionado da selecção das quinas acabou por ficar na história, pois resultou na maior goleada de sempre aplicada por Portugal numa competição internacional: 52-1 (!) com 25 golos de José Virgílio, que nem sequer era titular habitual, e que só nesse jogo garantiu o título de melhor marcador da prova. Este jogo foi ainda na primeira fase, a partir da qual os vários grupos apuravam os julgo que dez finalistas. Na altura só se disputava um Mundial, não havendo grupo A e grupo B.
As equipas presentes eram bastante fortes, pois tanto Espanha, Argentina e Itália, como outsiders como Alemanha, Brasil ou Holanda, apresentavam-se em bons momentos.
Na Espanha a base continuava a ser a do Barcelona: Trullols, Vila Puig, Torner, Pauls e Centell. Na Argentina a estrela era Daniel Martinazzo, considerado então o melhor jogador do mundo, mas também Mário Rubio, Luz, Mário Aguero e o outro irmão Martinazzo eram garantia de qualidade. Os italianos traziam Marzella, então um jovem promissor, enquanto os holandeses contavam com Habraken, que era uma das principais estrelas do hóquei europeu da altura (a sua equipa Lischtaad, chegou a disputar finais europeias).
Portugal por sua vez contava com uma poderosa equipa, que resistiu muito bem ao final de carreira de Livramento. Ramalhete era o guarda-redes e Franquelim Pais o seu suplente. Ao quinteto do Benfica José Carlos, Fernando Pereira, Leste, Cristiano e José Virgílio, juntava-se o duo leonino João Sobrinho e Chana (resistentes do título europeu de 76-77). Completava o lote o defesa/médio então do Oeiras Vítor Rosado.
Ao longo da prova Portugal não deu no entanto grandes hipóteses à concorrência. 6-1 à Itália, 3-0 à Argentina, depois o inconsequente empate frente aos holandeses, mais algumas goleadas (lembro-me de um 18-0 à Colômbia), e estava na final diante da Espanha.
A final decorreu num domingo ao fim da tarde, com o pavilhão completamente cheio (como acontecera quase todos os dias), e o país suspenso a assistir pela televisão.
A Espanha marcou primeiro deixando no ar a ameaça de uma frustrante derrota ao último dia, como muitas vezes ocorreu na história deste desporto.
Mas Portugal a partir daí foi esmagador, chegando a 5-3, resultado final, do qual recordo particularmente o golo de José Carlos marcando nos últimos instantes e que garantia a vitória e o título.
Tudo terminou então em apoteose, com Ramalhete a erguer a taça.
Era a primeira vez que eu assistia a semelhante feito, e teria que esperar nove anos até ver repetida a saga, então no Mundial 91 no Porto.

4.9.06

QUE RAIO DE "HERMANOS"

Depois dos seniores e dos juvenis, agora foi a vez dos nossos juniores serem afastados do título europeu pela Espanha.
1-5 na final foi o resultado.
Portugal não conseguiu assim revalidar o título que trazia da edição anterior.

1.9.06

A CAMINHO DA FINAL

A selecção portuguesa de juniores derrotou a Inglaterra nos quartos-de-final do Campeonato da Europa por 8-1.
Portugal vai medir forças com a Suiça hoje nas meias-finais, enquanto Espanha e Itália disputam a outra vaga na final de amanhã.

31.8.06

PERDEU-SE UMA BATALHA, CONTINUA A GUERRA

Portugal foi derrotado pela Itália (1-3) no último jogo da primeira fase do Europeu de França.
A equipa nacional esteve a vencer, mas a Squadra Azurra deu a volta ao resultado nos instantes finais da partida, arrecadando assim o primeiro lugar do grupo.
Esta derrota não compromete a presença de Portugal nos quartos-de-final, onde defrontará a Inglaterra.
Jogos dos quartos:
Espanha-Holanda
Portugal-Inglaterra
França-Suiça
Itália-Alemanha

30.8.06

PORTUGAL SOMA E SEGUE

Portugal goleou a anfitriã França por 7-1 na segunda jornada do Europeu de Saint-Omer.
Dois jogos e duas vitórias, 51-1 em golos, é pois o impressionante pecúlio da nossa selecção de juniores.
No outro jogo da ronda a Itália bateu a Holanda por 22-0. Assim sendo basta o empate frente aos transalpinos para assegurar o primeiro lugar no grupo, e evitar a Espanha (também com duas vitórias em dois jogos no outro grupo) até à final.
Diogo Rafael (na foto) é o melhor marcador da competição com doze golos.

29.8.06

HOLANDA ESMAGADA

Portugal derrotou a Holanda por 44-0 (!!) na primeira jornada do Europeu de Juniores de Saint-Omer. O benfiquista Diogo Rafael foi o melhor marcador da partida, anotando nove golos.
No outro jogo do grupo A, a França derrotou a Itália por 1-0.
Hoje joga-se o Portugal-França.

28.8.06

NOVO EUROPEU, NOVA ESPERANÇA

Inicia-se hoje em Saint Omer-França mais uma edição do Campeonato da Europa de Juniores.
Portugal, detentor do título, está incluído no grupo A juntamente com a equipa da casa, a Itália e a Holanda, que defronta hoje na primeira jornada.
No grupo B alinham Espanha, Suiça, Inglaterra e Alemanha.
Boa sorte rapazes !

21.8.06

UMA PENA !

É já um dado adquirido: o Benfica não vai participar na próxima edição da Liga dos Campeões. Os responsáveis encarnados apontam factores financeiros como estando na base da decisão de desistir da prova, adiantando que o dinheiro que o clube poupará em inscrições, deslocações e estadias, reverterá para reforço do plantel com vista à conquista do título nacional – designadamente com as contratações de Vítor Hugo e Tó Silva.
Não estando na pele da direcção benfiquista, é difícil, enquanto adepto do hóquei e do clube, aceitar esta decisão.
O Benfica é, em todo o mundo, o clube que há mais tempo pratica a modalidade. Nunca foi campeão europeu (um desafio sempre adiado), tendo estado contudo em cinco finais da principal prova de clubes do mundo, e conquistado uma Taça Cers. Portugal tem o peso que se sabe no hóquei em patins internacional.
Se no Voleibol, no Basquetebol ou no Andebol se entende que as competições europeias acrescentem pouco ao prestígio do clube – mau grado a rodagem competitiva que proporcionam aos atletas – no hóquei ou no futsal representam uma generosa oportunidade de afirmação europeia, bem como a oportunidade de conquista de títulos internacionais.
No caso particular do hóquei, com alguma sorte nos acasalamentos, é relativamente acessível a qualquer equipa portuguesa estar presente numa “final four” europeia (o F.C.Porto está lá quase sempre, Barcelos e Oliveirense já lá estiveram também, para além das várias presenças do próprio clube da Luz), onde tudo pode acontecer. Acresce a este aspecto, digamos que estrutural, um outro conjuntural e que se prende com o actual relativo apagamento do outrora grande tubarão desta prova, o Barcelona, e o previsível desgaste da veterana equipa detentora do título, o Follónica. Ou seja, a Liga dos Campeões desta época será talvez uma das mais abertas dos últimos anos, onde um Benfica mais maduro poderia ter uma palavra a dizer.
A direcção encarnada, por aquilo que tem feito pelas modalidades do clube, merece o benefício da dúvida nesta estanha decisão. Só ela saberá em rigor a real situação financeira das várias secções, e a conquista do título nacional também é um objectivo importante. Mas a verdade é que esta desistência representa um murro no estômago de todos os benfiquistas amantes da modalidade, não se podendo compará-la à não participação na Top Teams Club de Voleibol ou a outra qualquer não participação internacional. Julgo que até agora, no historial do clube da Luz, só nos sinistros tempos de João Vale e Azevedo o Benfica havia desistido de uma prova europeia de hóquei.
Espera-se agora que esta desistência não passe de uma mera decisão político-económica, e não represente o início de uma nova crise na secção, o que seria a todos os títulos lamentável, quer para o clube, quer para uma modalidade que não vive propriamente nos seus melhores dias.

2.8.06

GOSTAR DE HÓQUEI (5) - Sporting esmagado em casa

O campeonato nacional de 1980-81 é o primeiro de que tenho lembranças mais sistematizadas. Vou hoje aqui recordar o que a minha memória retém dessa temporada, que representou o Tri-campeonato para o Benfica.
Naquela altura, a primeira fase era dividida entre Zona Norte e Zona Sul, enquanto que a segunda agrupava oito equipas, justamente as quatro primeiras classificadas da fase anterior.
Na Zona Sul o Benfica (cujo cinco base assentava em Ramalhete, Fernando Pereira, José Carlos, Picas e Piruças) conseguiu tranquilamente o apuramento, classificando-se em segundo lugar atrás do Sporting (de Sobrinho e Chana), vencedor da Taça das Taças frente ao Cibeles na final. O grande Sesimbra (de Silveira, Garrancho e Carlos Cunha), vencedor da Taça Cers frente aos holandeses do Lischtad (onde jogava Habraken e mais três irmãos de que não lembro o nome), e o Belenenses foram os outros dois apurados.
No Norte, passaram F.C.Porto (de Cristiano, Domingos, Vale e Chalupa), Valongo (de Alves), Juventude de Viana (dos irmãos Gomes da Costa) e Sanjoanense (de Zeca, Gentil e Licínio).
Na fase decisiva o Benfica não daria grandes hipóteses aos seus adversários, perdendo apenas um jogo, justamente no difícil pavilhão de Sesimbra.
A poucas jornadas do final da prova, jogava-se o encontro decisivo. No Pavilhão de Alvalade, o Sporting recebia o Bi-campeão Benfica, e caso ganhasse ainda teria fortes hipóteses de conquistar o título.
Naquela altura o Sporting apresentava-se fortíssimo nas modalidades ditas amadoras, celebrando, então sim, o seu famoso ecletismo. No hóquei havia sido campeão europeu poucos anos antes, no corta-mato dominava por absoluto na Europa, tinha Carlos Lopes, Fernando Mamede, Joaquim Agostinho, e Carlos Lisboa nascia para o basquetebol. Cresci passando por desgostos sucessivos nas várias modalidades frente aos leões. Mas no hóquei parecia estar a ser virada uma página.
Lembro-me de ouvir o relato, suponho que numa quinta-feira à noite, na Rádio Comercial pela voz de Fernando Correia. Numa época em que ainda não havia videos, eu tinha como hábito gravar os relatos, quer de futebol, quer de hóquei, coisas de criança. Esse ouvi-o tantas vezes, que ainda me recordo ao pormenor da marcha do marcador.
O Sporting entrou de rompante, e com o apoio do seu público, em poucos minutos chegou a 2-0 com golos de João Sobrinho. O Benfica parecia vacilar.
Nada disso ! Até final da primeira parte a equipa da Luz chegaria ao empate.
No segundo tempo foi um verdadeiro festival, com sete golos consecutivos dos encarnados na baliza do Sporting (percebem agora porque motivo ouvi o relato tantas vezes ?). A grande estrela da noite foi o goleador José Virgílio (que intercalou a sua carreira entre Itália e o Benfica), que terá marcado uns cinco ou seis.
À mesma hora em Sesimbra, faltava a luz no pavilhão, onde Sesimbra e Belenenses se deviam defrontar. Pelo menos era o que Abel Figueiredo (nunca mais ouvi falar em tal pessoa) dizia nas suas intervenções, cada vez que a emissão saía de Alvalade, sendo por vezes interrompido por mais golos do Benfica. No final 3-9 foi o resultado.
Como podia eu não gostar duma modalidade em que, em apenas uma hora, era possível ouvir gritar nove vezes goooooooolo do Benfica, em plena Alvalade ?
Essa vitória praticamente selou as contas do título, que o Benfica festejaria com o F.C.Porto na Luz, vencendo por 5-3.
Os portistas nunca haviam sido campeões, e estavam ainda longe de disputar e vencer títulos na modalidade. Só a geração de Vítor Hugo, Vítor Bruno, Alves e Realista, que se juntariam um ou dois anos depois, colocaria o F.C.Porto na rota da glória hoquista.
Em terceiro lugar neste campeonato ficou o Valongo, então a maior potência nortenha da modalidade.

31.7.06

VEDETA DO EUROPEU

Este jovem foi o melhor jogador e o melhor marcador do Europeu de Sesimbra. Joga no Paço de Arcos, tem 16 anos e carradas de classe. Chama-se João Rodrigues.

MALA SUERTE !


Depois dos seniores, também a selecção portuguesa de juvenis se viu derrotada pela Espanha, desta feita na final.
A festa estava preparada, o pavilhão a rebentar pelas costuras, mas foi a Espanha que levou o trofeu, com um golo solitário marcado ainda na primeira parte, por Ferran Rosa, iam decorridos nove minutos de jogo.
Em todo o segundo período, praticamente só existiu a selecção nacional, que construiu e desperdiçou inúmeras ocasiões para restabelecer a igualdade. Contudo, a felicidade não esteve do lado dos jovens hoquistas lusos, em particular de João Rodrigues (o melhor marcador da competição e o melhor português em campo), que disparou duas vezes à trave da baliza espanhola.
Resta a honra do dever cumprido, a certeza de se ter vivido uma noite de hóquei "à antiga", e a esperança no futuro do hóquei patinado português.